Bahia vence Atlético com emoção no último lance

Com um roteiro emocionante na Arena Fonte Nova, o Bahia venceu o Atlético Mineiro em um confronto direto válido pelo Brasileirão. A vitória veio com um gol nos acréscimos, consolidando o bom momento da equipe sob comando de Rogério Ceni.

O Tricolor conquistou seu terceiro triunfo consecutivo na competição e chegou aos 24 pontos, mantendo-se na terceira posição. Já o Atlético desperdiçou a chance de encostar no G4 e estacionou nos 20 pontos.

Primeiro tempo truncado e de poucas chances

A partida começou marcada por forte imposição defensiva de ambos os lados. Com linhas de marcação altas, Bahia e Atlético dificultaram a criação ofensiva, especialmente na transição entre meio-campo e ataque. O Tricolor, com maior posse de bola, encontrou alternativas nas pontas do campo para tentar se desvencilhar das amarras impostas pelo adversário.

Ademir puxou as principais jogadas pelo lado direito, sendo a válvula de escape do time da casa. Mesmo assim, as investidas levavam pouco perigo. Do lado atleticano, Hulk era a principal referência. Em raro momento de liberdade, tentou finalização que exigiu a intervenção de Marcos Felipe.

A melhor oportunidade da primeira etapa, no entanto, veio para o Galo. Guilherme Arana avançou pela esquerda, invadiu a área e finalizou forte. A bola, porém, explodiu na rede pelo lado de fora, arrancando suspiros da torcida visitante.

Juba e Michel decidem em noite de golaços

Na volta do intervalo, o Bahia manteve o controle da posse e apostou em mudanças que deram maior mobilidade ao setor ofensivo. A entrada de Lucho Rodríguez no lugar de Willian José deixou o time mais leve e vertical. E o resultado não demorou a aparecer.

Aos sete minutos do segundo tempo, Luciano Juba aproveitou cruzamento e, com liberdade na entrada da área, pegou de primeira. A bola saiu com força e precisão, indefensável para o goleiro Gabriel Delfim, abrindo o placar na Arena.

Após o gol, os donos da casa diminuíram o ritmo e administraram a vantagem com bom controle da posse. O Atlético, por outro lado, demorou a reagir. Somente nos instantes finais, o Galo aumentou a pressão e encurralou o Bahia no campo de defesa.

Aos 45 minutos, Hulk aproveitou a desatenção da defesa baiana e do goleiro Marcos Felipe, que estava adiantado, e acertou uma cobrança de escanteio com efeito direto para o gol. O gol olímpico empatou o jogo e gerou incredulidade nas arquibancadas.

Mas a noite ainda guardava mais emoção. Já nos acréscimos, Michel Araújo recebeu na entrada da área, girou e bateu firme no canto, sem chances para Delfim. O gol confirmou o triunfo por 2 a 1 e fez explodir a Arena Fonte Nova em festa.

Bahia se mantém entre os líderes e Atlético vê G4 mais distante

Com o resultado, o Bahia alcançou os 24 pontos e manteve-se na terceira posição, agora empatado em número de pontos com o Cruzeiro. O desempenho altamente competitivo e as três vitórias consecutivas marcam uma fase de afirmação do time como candidato real ao topo da tabela.

Rogério Ceni tem conseguido extrair regularidade de uma equipe que joga com intensidade e bom aproveitamento ofensivo. A solidez defensiva e a capacidade de reação demonstrada diante do Atlético indicam maturidade tática e concentração em momentos decisivos.

O Atlético, por sua vez, amargou uma derrota dolorosa e perdeu terreno na briga direta pelo G4. Com 20 pontos, caiu para a oitava colocação e viu rivais diretos se distanciarem na tabela. Despite Hulk ter novamente mostrado protagonismo, a equipe encontrou dificuldades em construir jogadas e só foi agressiva nos minutos finais.

Sem tempo para lamentações, o Galo sabe que precisará ajustar seu desempenho fora de casa e equilibrar a produção ofensiva para voltar à disputa pelas primeiras colocações. Já o Bahia confirmou seu embalo e demonstrou, diante de um adversário tradicional, que está disposto a brigar na parte de cima da classificação do Brasileirão.