Técnico da Polônia renuncia após polêmica com Lewandowski

Michal Probierz não é mais o técnico da seleção polonesa de futebol. A saída foi anunciada após uma sequência de polêmicas envolvendo o atacante Robert Lewandowski e uma campanha irregular nas eliminatórias da Copa de 2026.

A gota d’água foi um atrito direto com o camisa 9, que decidiu se ausentar da última convocação por questões físicas. Probierz se opôs à decisão, gerando um racha dentro da equipe.

Conflito com Lewandowski abalou o ambiente

A tensão se iniciou com a retirada da braçadeira de capitão de Lewandowski. O técnico entendeu como inadequado o pedido de dispensa do atacante, que pretendia focar na recuperação física. A resposta veio de forma contundente por parte do jogador, que se recusou a voltar à seleção enquanto Michal Probierz seguisse no comando.

Essa movimentação expôs uma fissura no vestiário. A liderança técnica e simbólica de Lewa na equipe foi posta em xeque, e a gestão de Probierz passou a ser questionada também nos bastidores da federação. A perda de autoridade diante do grupo dificultou o gerenciamento do elenco.

Além disso, a ausência do principal jogador comprometeu o desempenho da equipe em campo. Ainda que a Polônia tenha vencido a Moldávia por 2 a 0 em amistoso, sofreu um revés importante contra a Finlândia, pelas eliminatórias. Esse jogo foi crucial, e o resultado negativo aumentou a insatisfação geral.

Consequências da derrota para a Finlândia

A derrota para os finlandeses pesou não apenas nos resultados da tabela, mas também na percepção da comissão técnica. Diante da necessidade de pontuar para se manter viva na disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2026, a seleção polonesa deixou escapar pontos valiosos.

O tropeço colocou a Polônia na terceira colocação do grupo G, atrás de Finlândia e Holanda. Isso reduziu consideravelmente as margens para erro nos próximos compromissos, elevando a pressão sobre o comandante. Com o clima interno deteriorado e a classificação ameaçada, a permanência de Probierz tornou-se insustentável.

Vale ressaltar que a equipe só volta a campo em setembro. Até lá, a federação terá tempo para buscar um novo treinador e pensar na reconstrução da relação entre Lewandowski e o futuro comandante. A expectativa é por um nome capaz de unir o elenco e recolocar a Polônia no caminho certo.

Declaração de despedida e impactos futuros

Em sua carta de demissão, Michal Probierz demonstrou respeito pela instituição e pelos colegas de trabalho. Agradeceu aos funcionários da Federação Polonesa de Futebol e classificou a função de treinador como a maior honra de sua carreira. Seu tom conciliador, no entanto, contrastou com o ambiente conturbado que marcou seus últimos dias no cargo.

A saída do treinador abre espaço para discussões sobre o futuro da seleção, tanto em termos técnicos quanto de gestão de grupo. Resta saber se a reconciliação com Lewandowski será automática ou se dependerá de tratativas individuais com o próximo comandante.

Enquanto isso, a pressão segue alta. O risco de não conseguir a classificação para a Copa do Mundo pressiona não apenas os atletas, como também a diretoria da federação, que precisará agir com cautela e rapidez na escolha do substituto. A estabilidade, por ora, parece distante.