A eliminação do Botafogo no Mundial de Clubes trouxe consequências imediatas para a continuidade do trabalho de Renato Paiva. Após o revés na prorrogação contra o Palmeiras, o português foi comunicado de sua saída na noite de domingo.
Apesar de alguns momentos de destaque, como a vitória sobre o PSG, Paiva deixa o comando com retrospecto mediano e sem títulos. A diretoria já está em busca de um novo nome para liderar o elenco nas competições decisivas que virão.
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Saída confirmada após eliminação no Mundial
Renato Paiva não resistiu à eliminação do Botafogo no Mundial de Clubes. A derrota na prorrogação para o Palmeiras, ocorrida após um empate sem gols no tempo regulamentar, marcou o fim de sua passagem. Curiosamente, o técnico abriu e encerrou sua trajetória justamente contra o mesmo adversário.
A decisão de sua saída foi comunicada pela diretoria na noite de domingo. Nas palavras do anúncio oficial, o clube agradeceu o trabalho prestado e destacou alguns feitos importantes, como a classificação para as oitavas de final da Libertadores e da Copa do Brasil, além da vitória histórica sobre o Paris Saint-Germain, na semifinal do Mundial.
Mesmo com algumas conquistas pontuais, os números de Renato Paiva à frente do Botafogo mostram uma trajetória irregular: foram 23 jogos, com 12 vitórias, três empates e oito derrotas. O desempenho, aliado à frustração no torneio internacional, acelerou a decisão pela mudança.
Começo, trajetória e fim diante do Palmeiras
A passagem de Renato Paiva pelo Botafogo começou e terminou de forma semelhante — com empates sem gols contra o Palmeiras. No primeiro compromisso, pelo Campeonato Brasileiro, o resultado foi considerado positivo, dado o início do trabalho. Meses depois, no Mundial de Clubes, o 0 a 0 no tempo normal teve sabor amargo, com a eliminação vindo na prorrogação por 1 a 0.
Essa eliminação encerrou um ciclo iniciado sob expectativa, mas cercado por desafios desde o primeiro momento. O português foi contratado após longas negociações, que se estenderam por semanas depois da saída de Artur Jorge. Sua chegada visava manter o Botafogo competitivo em todas as frentes possíveis.
Durante o período, Paiva adotou um estilo de jogo ofensivo, valorizando a posse de bola e o jogo apoiado. A vitória contra o PSG, por 2 a 1, foi o ápice de seu trabalho, considerada histórica pelo clube. No entanto, inconsistências no Brasileirão e atuações abaixo do esperado em momentos-chave geraram pressão crescente.
A eliminação no Mundial foi o ponto final. Apesar do esforço da equipe contra o Palmeiras, o resultado não foi suficiente para manter Paiva no comando. A decisão ocorre em momento crítico da temporada, com o clube ainda vivo em três frentes nacionais e internacionais.
Botafogo volta ao mercado em busca de novo treinador
Com a saída de Paiva, o clube carioca reabre o processo de busca por um novo comandante. A procura por seu antecessor já havia sido longa, e a direção agora tenta agir com mais agilidade para não comprometer os desafios do restante da temporada.
O Botafogo tem pela frente a disputa dos bicampeonatos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, além da forte ambição de conquistar pela primeira vez a Copa do Brasil. A nova comissão técnica terá tarefa difícil: manter o time competitivo em alto nível e responder rapidamente após a eliminação no Mundial.
John Textor e os responsáveis pelo futebol do Botafogo não deram indicações imediatas sobre possíveis nomes. A expectativa é de que o anúncio ocorra nos próximos dias, uma vez que a sequência de jogos decisivos exige uma liderança técnica sólida à beira do campo.
Internamente, algumas alternativas vêm sendo discutidas, e o perfil do novo treinador tende a seguir linha semelhante à de Paiva: alguém que priorize protagonismo em campo e que consiga desenvolver o elenco além dos bons resultados. A urgência pelo acerto, no entanto, coloca pressão também fora das quatro linhas.
Avaliação dos resultados e legado deixado
Apesar do fim precoce, é necessário ressaltar alguns aspectos positivos da passagem de Renato Paiva pelo Botafogo. O treinador teve papel importante na formação de uma identidade mais propositiva no jogo da equipe, além de revelar jogadores e manter o time na briga por todos os títulos ao seu alcance.
A vitória sobre o Paris Saint-Germain foi o ponto alto de seu trabalho, inserindo o Botafogo em manchetes internacionais. Também merece destaque o bom desempenho nas fases iniciais da Libertadores e Copa do Brasil, classificações que garantem um segundo semestre competitivo.
Entretanto, a irregularidade e a falta de consistência em jogos decisivos impediram que o projeto se sustentasse a longo prazo. O saldo final da passagem mescla momentos de afirmação com falhas em gestão de elenco e resultados abaixo da exigência esperada pelos torcedores e pela diretoria.
Agora, o Botafogo volta a virar a página, ciente da necessidade de estabilidade à frente da comissão técnica. O próximo treinador encontrará um vestiário motivado e ainda vivo nas principais competições, mas também herda a obrigação de colocar o time em rota firme de conquistas.
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