Demitido após a disputa de apenas três jogos oficiais, Erik ten Hag demonstrou clara insatisfação com a decisão da diretoria do Bayer Leverkusen. O treinador holandês, que assumiu o clube nesta temporada, não escondeu sua descrença diante do rápido desfecho de sua passagem.
Mesmo com apenas duas partidas disputadas na Bundesliga — um empate e uma derrota —, a equipe alemã optou por encerrar o vínculo técnico, movimento que ten Hag classificou como precipitado e inédito em sua carreira.
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Início turbulento e saídas impactantes
A demissão de Ten Hag ocorre em meio a um processo significativo de reformulação no plantel do Bayer Leverkusen. Durante a última janela de transferências, o clube perdeu nomes fundamentais, como o meia Florian Wirtz e o lateral Jeremie Frimpong, ambos vendidos ao Liverpool. Além deles, o experiente volante Granit Xhaka também deixou a equipe.
Essas saídas abalaram a espinha dorsal do time que havia encantado na temporada anterior. Para ten Hag, a reconstrução da equipe exigiria mais que apenas algumas semanas de trabalho, destacando o desafio de formar um grupo coeso e competitivo em tão pouco tempo.
Segundo suas próprias palavras, “construir uma equipe nova e coesa é um processo cuidadoso que requer tempo e confiança”, algo que ele acredita não ter recebido da direção do clube, apesar de iniciar o projeto com “total convicção e energia”.
Críticas à decisão administrativa
A maneira como a diretoria lidou com o início de temporada despertou críticas públicas do treinador. Em nota oficial após sua saída, Ten Hag classificou a demissão como “sem precedentes”, dado o curto número de jogos realizados sob seu comando.
O treinador ressaltou que é fundamental oferecer respaldo a ideias novas, especialmente em um momento de transformação como o que o clube vivia. “Um novo treinador merece espaço para implementar sua visão, estabelecer os padrões, moldar o elenco e deixar sua marca no estilo de jogo”, declarou.
O momento da pausa para a Data Fifa poderia ter sido aproveitado para ajustes internos e fortalecimento do elenco, porém a diretoria optou por uma mudança repentina. Para muitos, essa escolha sinaliza falta de paciência e planejamento a médio prazo.
Situação na tabela e próximos desafios
Com dois jogos disputados na Bundesliga, o Bayer Leverkusen soma apenas um ponto e ocupa a modesta 12ª colocação. Embora seja o início da temporada, a diretoria parece ter interpretado os primeiros resultados como alarmantes.
A próxima partida está marcada apenas para o dia 12 de setembro, contra o Eintracht Frankfurt, o que geraria uma boa oportunidade para reavaliações e reforços sob o comando de Ten Hag. No entanto, essa chance não se concretizou.
Sem um treinador confirmado no momento, o clube agora corre contra o tempo para encontrar um substituto capaz de trazer estabilidade e resultado rápido. Enquanto isso, torcedores e analistas seguem divididos sobre a decisão abrupta de cortar o projeto que mal teve tempo de ser iniciado.
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