A passagem de Erik ten Hag pelo Bayer Leverkusen chegou ao fim antes mesmo de engrenar. Após apenas dois jogos disputados na Bundesliga, a diretoria do clube alemão optou por interromper o trabalho do técnico holandês.
Contratado para substituir Xabi Alonso, ten Hag teve desempenho abaixo do esperado, e os primeiros sinais negativos surgiram ainda na pré-temporada. A sequência ruim acabou sendo decisiva para a rápida demissão do treinador.
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Início conturbado no Bayer Leverkusen
Erik ten Hag foi anunciado com grandes expectativas após deixar o Manchester United e ficar alguns meses livre no mercado. Ele desembarcou em Leverkusen para assumir a missão de manter o alto nível da equipe, que conquistou o título da Bundesliga em 2023/24 sob o comando de Xabi Alonso. Com um contrato de duas temporadas, havia confiança na sua capacidade de dar continuidade ao projeto vitorioso.
Entretanto, seu início foi turbulento. Ainda na pré-temporada, a equipe sofreu derrotas para o Chelsea e para o time sub-20 do Flamengo, resultados que deixaram a diretoria em alerta. Mesmo com parte do elenco reformulado, o desempenho no campo não foi considerado satisfatório.
Na estreia oficial, pela Copa da Alemanha, o Leverkusen goleou o modesto Sonnenhof por 4 a 0, mas com um rival que estava com um jogador a menos desde o primeiro tempo. A vitória, apesar do placar elástico, não foi suficiente para apagar as falhas táticas e a instabilidade observada no time.
Desempenho na Bundesliga precipita decisão
Na Bundesliga, a equipe somou apenas um ponto nas duas primeiras rodadas. A estreia no campeonato trouxe uma derrota dentro de casa para o Hoffenheim, frustrando a torcida que esperava um início positivo. Em seguida, no confronto com o Werder Bremen, o Leverkusen chegou a abrir dois gols de vantagem, mas cedeu o empate em 3 a 3, o que ampliou a insatisfação da cúpula do clube.
Esse último resultado foi determinante para a demissão de ten Hag. A direção viu sinais de que o treinador não conseguiria reorganizar a equipe a tempo de manter o patamar elevado alcançado na temporada anterior. Além disso, houve um entendimento de que, mesmo com as mudanças no elenco, o time poderia estar rendendo mais sob outra direção técnica.
Vale lembrar que o elenco passou por uma reformulação considerável, com as saídas de nomes importantes como Florian Wirtz, Jeremie Frimpong, Jonathan Tah e Piero Hincapié. Contudo, a expectativa interna era de que ten Hag demonstrasse maior capacidade de adaptação às novas condições.
Fim precoce e futuro incerto
A demissão após apenas três partidas oficiais — sendo uma vitória, um empate e uma derrota — representa uma das passagens mais curtas de um treinador nos últimos anos no Leverkusen. Além das questões de desempenho, havia dúvidas quanto ao entrosamento de ten Hag com o vestiário e com a filosofia do clube.
A experiência reforça um dos desafios enfrentados pelo Bayer após a era Xabi Alonso: manter o alto padrão técnico e competitivo em meio a mudanças significativas no elenco e na gestão técnica. O holandês sai com um aproveitamento modesto e deixa em aberto questionamentos sobre seu próximo passo na carreira.
O Bayer Leverkusen, por sua vez, volta ao mercado em busca de um novo treinador que consiga estabilizar a equipe rapidamente e atender às demandas de uma torcida que se habituou a ver um futebol vistoso e eficiente. A chegada de um novo comandante é esperada em breve, com o clube buscando evitar maior perda de rendimento nas próximas rodadas da Bundesliga.
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