O Brasil enfrentou uma noite frustrante em solo asiático. Com queda brusca de rendimento na etapa final, a Seleção foi superada de forma inédita pelo Japão e amarga um revés inesperado em sua trajetória.
É a primeira vez na história que os japoneses vencem os brasileiros em uma partida oficial, quebrando um tabu que resistia a décadas em confrontos entre as equipes.
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Rendimentos contrastantes entre os tempos
O primeiro tempo indicou um cenário distinto do que viria após o intervalo. A Seleção brasileira entrou em campo com forte controle de posse e boa distribuição ofensiva. O meio-campo, liderado por jogadores como Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, organizava bem as ações, enquanto os pontas buscavam explorar a defesa japonesa.
Apesar da superioridade técnica, o Brasil pecou na finalização das jogadas. Em ao menos três chances claras, o goleiro japonês Gonda apareceu de forma decisiva. A tática do Japão de recuar e compactar sua defesa funcionava bem, ainda que cedessem espaços.
Ao fim dos 45 minutos iniciais, o placar zerado já deixava sinais de que o jogo não seria tão simples quanto o retrospecto histórico sugeria. Mesmo assim, a confiança do lado brasileiro parecia intacta diante do domínio técnico até ali.
Segunda etapa expôs deficiências
O panorama mudou bruscamente após o reinício da partida. O Japão voltou com postura mais agressiva, apostando em marcação mais alta e transições rápidas. A seleção brasileira, por sua vez, mostrou dificuldade em recompor e sofreu com apagão coletivo.
O primeiro gol japonês surgiu em jogada trabalhada pelo lado direito, com Kubo acionando Mitoma, que tocou cruzado para Ueda concluir. O lance desestabilizou o time brasileiro, que passou a errar passes simples e perdeu o controle emocional do jogo.
Em seguida, numa cobrança de escanteio, Tanaka ampliou ao aparecer livre entre a zaga brasileira. O desânimo foi visível, e as alterações promovidas no banco não surtiram o efeito desejado. A apatia defensiva culminou em mais um gol do Japão, selando o placar em 3 a 0, e evidenciando um colapso tático e emocional por parte da Seleção.
Derrota histórica e reflexos imediatos
A derrota para o Japão entra para a história por quebrar um longo retrospecto invicto. Até então, em 13 duelos anteriores, o Brasil havia vencido 11 vezes e empatado duas, com larga vantagem nos gols marcados.
Dessa vez, porém, a seleção japonesa mostrou maturidade, disciplina tática e eficiência ofensiva. O placar final de 3 a 0 representou mais que um simples tropeço — evidenciou vulnerabilidades ainda não superadas pelo técnico interino e pelos jogadores em formação.
Especialistas já apontam a derrota como um alerta para as futuras competições. A falta de ritmo competitivo, os erros na recomposição defensiva e a desconexão no ataque foram expostos contra um adversário bem preparado.
Kaio Jorge impressiona em outro cenário
Enquanto a Seleção tropeçava na Ásia, Kaio Jorge foi o destaque em solo nacional na vitória do Cruzeiro pela Copa do Brasil. Atuando em grande forma, o atacante marcou dois gols contra o Vila Nova, ambos com alto grau de habilidade.
Seu desempenho reforça o bom momento do jogador, que vem ganhando espaço com Leonardo Jardim e pode ser opção nas próximas convocações da Seleção. A atuação do atacante destacou-se justamente no mesmo dia do apagão coletivo da equipe nacional, contrastando com o momento vivido pela camisa verde e amarela fora do país.
O revés contra o Japão servirá como divisor de águas. Mais do que números, a atuação brasileira liga um sinal de alerta para uma geração que ainda busca afirmação e estabilidade no cenário internacional.
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