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Ancelotti e o impacto da Premier League na seleção brasileira

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Ancelotti e o impacto da Premier League na seleção brasileira — Técnico Ancelotti aposta em jogadores da Premier League, dando à seleção brasileira sua formação mais "inglesa" do ciclo.

Carlo Ancelotti iniciou os treinos com a seleção brasileira para o confronto desta quinta-feira (04) contra o Chile, pelas Eliminatórias, esboçando a escalação mais recheada de atletas da Premier League nesta fase atual. A convocação reflete o novo perfil do grupo, fortemente influenciado pelo futebol inglês.

Com 32 representantes na liga inglesa, o Brasil já é o terceiro país com mais jogadores estrangeiros atuando na Premier League, atrás apenas de França e Holanda. Isso também se reflete diretamente nas últimas listas da seleção nacional.

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Crescimento de brasileiros na Premier League

O cenário atual é resultado de uma tendência consolidada nos últimos anos. Desde 2014, o número de jogadores brasileiros convocados atuando na Inglaterra só aumentou. Foram seis atletas da Premier League tanto no Mundial de 2014, quanto em 2018. Já no Catar, em 2022, esse número dobrou: doze dos convocados jogavam na liga inglesa.

Em 2025, esse domínio ficou ainda mais evidente. Após o fechamento da janela europeia, o Brasil chegou à marca de 32 jogadores espalhados por clubes ingleses. Essa presença ampla trouxe até mudanças na comunicação interna durante os treinos — comissões técnicas e jogadores passaram a se comunicar, em alguns momentos, em inglês, como foi registrado em um vídeo recente dos treinos na Granja Comary.

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Escalação mais inglesa até agora

Na primeira atividade com o elenco completo, Ancelotti escalou uma formação que pode ser a mais inglesa do ciclo. O provável time titular contra o Chile conta com:

  • Alisson(Liverpool)
  • Gabriel Magalhãese Gabriel Martinelli(Arsenal)
  • Bruno Guimarãese Joelinton(Newcastle)
  • Casemiro(Manchester United)
  • João Pedroe Estêvão(Chelsea)

São sete atletas atuando na Premier League, batendo o recorde da derrota contra a Argentina no Maracanã, quando seis jogadores ingleses iniciaram a partida. À época, além de Alisson, jogaram Emerson Royal (ex-Tottenham), Gabriel Magalhães, Bruno Guimarães, Gabriel Jesus e Martinelli.

Repercussões e simbolismos

A forte presença de atletas ingleses na seleção traz algumas implicações. Dentre elas, a necessidade de comunicação mais ampla, refletida até mesmo na troca de idioma durante os treinos. A escolha pelo inglês em algumas instruções técnicas não passou despercebida nas redes sociais e destacou a importância da Premier League na formação atual do time.

Apesar da recorrente cobrança por uma seleção com jogadores que atuem no futebol brasileiro, a realidade aponta para a influência europeia — especialmente inglesa — como predominante. Este perfil mais "internacionalizado" pode ser visto tanto como resposta a um mercado de alto rendimento quanto como alternativa para recuperar a competitividade nas competições de elite.

Situação nas Eliminatórias e próximos compromissos

Matematicamente classificada à Copa do Mundo de 2026, a seleção pode usar os dois últimos jogos das Eliminatórias como laboratório. Além do Chile nesta quinta, o Brasil encara a Bolívia fora de casa na terça-feira (09). Com isso, Ancelotti terá margem para promover testes e consolidar sua base.

Mesmo com o revés histórico diante da Argentina no Maracanã — que provocou uma sequência inédita de três derrotas e quatro jogos sem vitória nas Eliminatórias —, a presença marcante de jogadores da Premier League continua sendo uma aposta confiável para a comissão técnica.

Em outubro, a CBF planeja duas partidas amistosas: contra Coreia do Sul e Japão, em datas já confirmadas. Se mantida a tendência, o elenco novamente deverá apresentar uma base fortemente ligada ao futebol inglês.

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