A janela de transferências do último verão europeu foi agitada também fora do eixo das grandes ligas. Fora do chamado “big 5”, clubes de ligas alternativas investiram pesado e bateram recordes que reforçam o crescimento paralelo do futebol europeu.
A Superliga Turca liderou esse movimento, com reforços expressivos que movimentaram valores históricos. Ao lado de clubes da Escócia, Países Baixos, Portugal e Grécia, o continente viu uma movimentação inédita fora do circuito mais badalado de transferências.
O que você vai ler neste artigo
Superliga Turca: o protagonismo de Galatasaray e companhia
A Turquia foi, sem dúvidas, o principal destaque entre os mercados alternativos nesta janela. O Galatasaray quebrou o recorde de maior contratação da história do futebol turco ao trazer o atacante Wilfried Zaha, ex-Crystal Palace. O marfinense chegou sem custos de transferência, mas recebeu um dos maiores contratos do país, estimado em cerca de €4 milhões por temporada.
Além dele, o clube contratou nomes como Tanguy Ndombélé (ex-Tottenham), Hakim Ziyech (ex-Chelsea) e Davinson Sánchez (ex-Tottenham), elevando o patamar da equipe em competições europeias e domésticas. O Fenerbahçe também foi às compras e trouxe atletas com passagem por grandes ligas, como Dusan Tadic, ex-Ajax, e Fred, ex-Manchester United, em negócio avaliado em €9,74 milhões — uma das transações mais altas da história do clube.
Outro clube turco ativo foi o Beşiktaş, que garantiu o experiente Alex Oxlade-Chamberlain. O movimento da liga como um todo colocou a Superliga Turca em evidência, disputando espaço em termos de relevância de mercado com algumas das principais competições europeias.
Portugal mostra força financeira na Liga
As equipes portuguesas também ousaram na temporada. O Benfica investiu cerca de €14 milhões para contratar Orkun Kökçü, ex-Feyenoord, recorde envolvendo um meio-campista no clube. O Porto, por sua vez, trouxe o atacante Fran Navarro por cerca de €7 milhões e apostou em reforços pontuais com foco na Liga dos Campeões.
O Sporting não ficou atrás e contratou o atacante sueco Viktor Gyökeres, ex-Coventry City, em negócio que pode ultrapassar os €20 milhões com bônus — a maior contratação da história do clube. Essa movimentação consolidou ainda mais o futebol português como trampolim para grandes ligas e, ao mesmo tempo, um mercado atrativo financeiramente.
A capacidade de reinvestir após vendas milionárias, como Enzo Fernández e Darwin Núñez no passado recente, fortaleceu os cofres dos clubes lusos, permitindo esse novo ciclo de contratações de impacto.
Escócia quebra recordes com o Rangers
Na Escócia, o Rangers puxou a fila ao investir €6 milhões no atacante Danilo, ex-Feyenoord, o maior valor pago por um jogador desde a temporada 2007/08. O clube buscou reforçar o elenco após perder Alfredo Morelos, ídolo da torcida, que se transferiu para o AEK Atenas.
Além disso, o Celtic também realizou movimentações importantes, apostando em nomes jovens para manter seu domínio doméstico e tentar campanhas consistentes na Europa. O mercado escocês mostrou sinais de renovação com investimentos mais agressivos — mesmo que modestos em comparação às principais ligas — em atletas de médio impacto.
A movimentação marca uma tentativa clara dos clubes escoceses de se manterem competitivos em cenário continental, com uma abordagem mais ousada em comparação aos anos anteriores.
Países Baixos investem mirando consolidação europeia
O Feyenoord foi protagonista na Eredivisie ao realizar a maior contratação da história do clube. A equipe de Roterdã pagou €8,3 milhões para contratar Ayase Ueda, atacante japonês que se destacou no futebol belga. O clube ainda reforçou o elenco com nomes jovens e promissores, como Ramiz Zerrouki, ex-Twente.
O PSV Eindhoven também fez apostas importantes com potencial de retorno técnico e financeiro, mirando manter a competitividade nas fases preliminares da Liga dos Campeões. O Ajax, em processo de reformulação, priorizou vendas de atletas como Edson Álvarez, mas não deixou de buscar reposições, embora menos expressivas.
Nesse cenário, os Países Baixos seguem como vitrine da Europa, com clubes apostando em talentos de mercados pouco explorados e garantindo valorização futura.
Grécia atrai veteranos, como Morelos
A Superliga Grega, embora discreta, também foi ao mercado de forma estratégica. O AEK Atenas contratou Alfredo Morelos após sua saída do Rangers e trouxe também Rodolfo Pizarro, ex-Inter Miami, aumentando o peso internacional do elenco. O Olympiacos, como de costume, apostou em nomes com histórico em grandes ligas, enquanto o Panathinaikos fez contratações visando maior regularidade na temporada.
A liga reforçou sua reputação de destino competitivo para atletas em fim de contrato e jogadores buscando projeção em solo europeu. Embora os valores raramente se aproximem dos rivais turcos ou portugueses, a qualidade dos nomes atraídos evidencia uma preocupação maior com o impacto em campo.
Com reforços espalhados entre veteranos e jovens apostas, os clubes gregos tentam retomar protagonismo regional e aumentar sua presença nas fases preliminares de competições da UEFA.
Os 15 reforços de maior peso em ligas alternativas
Entre impacto técnico, valores de transferência ou retorno midiático, estas foram algumas das movimentações mais rumorosas fora do “top 5” europeu:
- Wilfried Zaha (Galatasaray)– gratuito, salário recorde
- Viktor Gyökeres (Sporting)– até €20 milhões
- Dusan Tadic (Fenerbahçe)– gratuito, alto salário
- Fred (Fenerbahçe)– €9,74 milhões
- Orkun Kökçü (Benfica)– €14 milhões
- Ayase Ueda (Feyenoord)– €8,3 milhões
- Davinson Sánchez (Galatasaray)– cerca de €10 milhões
- Fran Navarro (Porto)– cerca de €7 milhões
- Tanguy Ndombélé (Galatasaray)– empréstimo com opção
- Hakim Ziyech (Galatasaray)– empréstimo com cláusulas de compra
- Danilo (Rangers)– €6 milhões
- Alex Oxlade-Chamberlain (Beşiktaş)– transferência livre
- Alfredo Morelos (AEK Atenas)– transferência livre
- Rodolfo Pizarro (AEK Atenas)– sem custos
- Ramiz Zerrouki (Feyenoord)– cerca de €7 milhões
As cifras e renomes envolvidos mostram que os clubes fora das cinco maiores ligas do continente estão cada vez mais presentes nas principais janelas de transferências. O cenário europeu ganha novas dinâmicas com esse crescimento evidente nos chamados mercados alternativos.
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