Após mais uma temporada decepcionante, o Manchester United encerra o ciclo 2024/25 sem conquistas relevantes e fora da Liga dos Campeões. Uma realidade que se repete desde a saída de Alex Ferguson, marcando mais de uma década de frustrações e reformulações mal-sucedidas.
Apesar dos gastos milionários, o clube não conseguiu retomar seu protagonismo. As contratações de alto custo, na maioria dos casos, falharam em nível de rendimento e retorno financeiro, agravando ainda mais a situação esportiva e econômica do time.
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Muito dinheiro, pouco retorno: os dez mais caros do pós-Ferguson
A era pós-Ferguson no Manchester United tem sido marcada por políticas agressivas de mercado que pouco refletiram dentro de campo. A seguir, listamos as dez contratações mais caras do clube desde 2013, analisando o custo e o retorno esportivo proporcionado por cada atleta.
Paul Pogba – €105 milhões (2016/17 – Juventus)
Contratado como símbolo da nova fase do United sob José Mourinho, Pogba voltou ao clube após deixar a base anos antes. Mesmo com lampejos de genialidade, sua passagem foi marcada por irregularidade, lesões e um relacionamento conturbado com a torcida e treinadores. Saiu sem deixar legado compatível com o custo.
Antony – €95 milhões (2022/23 – Ajax)
Aposta pessoal de Erik ten Hag, Antony foi contratado a peso de ouro, mas nunca justificou o valor investido. Pouco produtivo nas estatísticas e irregular nas atuações, tornou-se alvo de críticas pela previsibilidade de seu jogo e pela baixa influência nas partidas decisivas.
Harry Maguire – €87 milhões (2019/20 – Leicester)
Zagueiro mais caro da história na época, Maguire chegou como liderança defensiva. Porém, falhas recorrentes e atuações instáveis fizeram dele um dos jogadores mais contestados do elenco. Apesar de defender a braçadeira de capitão por um período, tornou-se mais símbolo de crise do que de estabilidade.
Jadon Sancho – €85 milhões (2021/22 – Borussia Dortmund)
Com ótimos números na Bundesliga, Sancho gerou grandes expectativas. No entanto, jamais repetiu as atuações em alto nível no futebol inglês. Foi afastado por questões disciplinares e emprestado sem nunca se firmar como titular incontestável. Seu caso é um dos reflexos da desorganização técnica do clube.
Romelu Lukaku – €84,7 milhões (2017/18 – Everton)
Com histórico promissor na Premier League, Lukaku teve um início positivo, mas perdeu protagonismo no segundo ano. Apesar de não ter sido um fiasco completo, não entregou o nível esperado para um investimento tão alto. Posteriormente, acabou vendido por valor considerável, amenizando parcialmente o prejuízo.
Ángel Di María – €75 milhões (2014/15 – Real Madrid)
Após brilhar na Champions League com o Real Madrid, Di María chegou como estrela. Contudo, sua adaptação ao futebol inglês foi frustrante. Em apenas uma temporada, enfrentou problemas físicos e pessoais. Saiu para o PSG sem jamais representar um pilar dentro de campo.
Casemiro – €70 milhões (2022/23 – Real Madrid)
Veterano com múltiplas Champions no currículo, Casemiro chegou como reforço de peso. No primeiro ano, teve impacto positivo, mas rapidamente demonstrou queda física e técnica. Diante de um meio-campo cada vez mais competitivo, tornou-se um investimento questionável em médio prazo.
Bruno Fernandes – €65 milhões (2019/20 – Sporting)
Um dos poucos acertos da era recente, Bruno Fernandes se tornou pilar da equipe desde a chegada. Com altos números de gols e assistências, seu custo se dilui diante da produtividade. Entretanto, mesmo sendo destaque, esbarrou na incapacidade coletiva do clube em voltar aos títulos.
Mason Mount – €64,2 milhões (2023/24 – Chelsea)
Aposta de Ten Hag para dar dinamismo ao meio-campo, Mount pouco atuou na temporada por conta de lesões. A falta de sequência e impacto em campo até agora colocam em dúvida o retorno esportivo do investimento realizado.
Anthony Martial – €60 milhões (2015/16 – Monaco)
Contratado como jovem promessa, conseguiu bons momentos, como na temporada 2019/20. Ainda assim, a falta de continuidade, as constantes lesões e a irregularidade impediram uma trajetória consistente. No fim, jamais atingiu o potencial projetado.
Balanço de um ciclo fracassado
A lista revela uma clara desconexão entre o investimento financeiro e o retorno técnico. O Manchester United gastou mais de €790 milhões nesses dez nomes, mas colecionou apenas atuações abaixo das expectativas, pouca regularidade e quase nenhuma disputa real por títulos de prestígio.
Apesar de peças pontuais como Bruno Fernandes e uma boa fase inicial de Casemiro ou Lukaku, o saldo das movimentações é amplamente negativo. Neste cenário, o clube enfrenta não apenas a pressão esportiva, mas também a necessidade urgente de rever sua política de contratações e reconstrução de elenco.
Enquanto isso, as expectativas de retornar ao topo do futebol inglês seguem sendo adiadas temporada após temporada.
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