Lucas Ribeiro é um nome que vem ganhando destaque no futebol internacional. Natural do Maranhão, o meia brasileiro se reinventa no continente africano e vive o auge da carreira no Mamelodi Sundowns, clube mais vitorioso da África do Sul.
Aos 26 anos, o camisa 10 será uma das principais ameaças ao Fluminense na reta decisiva da fase de grupos do Mundial de Clubes. Com faro de gol e habilidade, ele carrega a esperança sul-africana de classificação.
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De mecânico a craque internacional
A trajetória de Lucas Ribeiro é marcada por adversidades, superações e reviravoltas. Ainda adolescente, tentou a sorte na base do Moto Club, mas, desiludido com a instabilidade do futebol, deixou os gramados e passou a trabalhar como mecânico no Maranhão. Foi nas competições amadoras que teve nova chance, quando atraiu o olhar do Sampaio Corrêa.
Mesmo com apoio da família, sua estabilidade só veio depois de passagens discretas por clubes menores, incluindo o Pinheiro, também do estado. O talento, no entanto, chamou a atenção de olheiros europeus, e ele foi parar na equipe B do Valenciennes, da França. Lá teve sua primeira oportunidade profissional e conseguiu balançar as redes em sua primeira experiência internacional.
Foram duas temporadas no futebol francês, seguidas por uma jornada itinerante na Bélgica. Atuando por clubes como RWD Molenbeek, Waasland-Beveren e Mouscron, Lucas enfrentou mais altos e baixos, entrecortados por lesões e mudanças de posicionamento.
Assim, resolveu apostar em um novo recomeço. A primeira ligação do Mamelodi Sundowns foi ignorada, mas a insistência e o projeto esportivo convenceram o brasileiro. A chegada ao futebol sul-africano marcaria uma transformação definitiva em sua carreira.
Protagonismo sul-africano e marca histórica
No Mamelodi Sundowns, Lucas Ribeiro encontrou espaço, confiança e uma torcida apaixonada. Desde a primeira temporada, seus números chamaram atenção: foram 15 gols e 7 assistências em 33 partidas. Na atual jornada, ele já soma 20 gols e 12 passes decisivos em 47 jogos, um desempenho que o coloca como líder ofensivo da equipe.
O brasileiro tornou-se rapidamente o maior artilheiro não africano da história do clube, com 35 gols marcados. Mais que números, sua influência tática fez diferença. Atua como autêntico camisa 10, com dribles curtos e arrancadas que quebram linhas defensivas. No esquema do técnico Rhulani Mokwena, Lucas ocupa setores centrais, mas flutua com liberdade, principalmente pelo lado esquerdo, de onde costuma cortar para dentro e finalizar cruzado.
Além de sua função criativa, com passes verticais e movimentação no último terço, ele se tornou peça fundamental nas transições rápidas do Sundowns. O time, embora valorize a posse, impõe forte ritmo técnico nos contra-ataques, estratégia que favorece as características do brasileiro.
Adversário perigoso para o Fluminense
O confronto entre Fluminense e Sundowns na última rodada da fase de grupos do Mundial de Clubes será decisivo. A classificação para as oitavas está em jogo, e Lucas Ribeiro desponta como principal referência ofensiva dos sul-africanos.
Na estreia da equipe contra o Ulsan Hyundai, o meia deu a assistência para o gol da vitória, reforçando sua importância em momentos decisivos. O Tricolor carioca deve se preparar para enfrentar não só um adversário coletivo bem estruturado, como um jogador efetivo com capacidade de desequilíbrio.
Lucas gosta de aproveitar o espaço em contra-ataques, condição que pode ser explorada diante de um Fluminense que costuma jogar com as linhas altas. Seu histórico em competições internacionais, como a Liga Europa e a Champions Africana, mostra um atleta experimentado e pronto para novos desafios.
Reconhecimento e maturidade no ápice da carreira
A mudança para a África do Sul parecia, inicialmente, um passo atrás na carreira de um jogador que já havia passado pela Europa. Contudo, o que se viu foi a ascensão de um atleta que encontrou o ambiente certo para seu desenvolvimento pleno.
No Sundowns, Lucas Ribeiro virou símbolo técnico e humano. Em entrevista, o jogador já afirmou que sente como se estivesse no Brasil, tamanha é a receptividade no país. O treinador Rhulani Mokwena moldou o time para extrair o melhor de seu camisa 10, valorizando não só sua visão de jogo, como também sua capacidade física e inteligência na leitura dos espaços.
Aos 26 anos, Lucas Ribeiro vive o auge de uma carreira incomum, guiada por persistência e reinvenção. Sua presença no Mundial de Clubes, nos Estados Unidos, é a coroação de um percurso improvável que agora ameaça um gigante do futebol brasileiro.
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