O Real Madrid avançou às quartas de final da Copa do Mundo de Clubes com um protagonista inesperado. Enquanto nomes consagrados observam do banco ou se recuperam, Gonzalo García, de apenas 21 anos, roubou a cena com gols e atuações decisivas.
Formado na base merengue, o jovem centroavante vem se destacando na ausência de Kylian Mbappé e já é comparado a um velho ídolo da torcida: Raúl González.
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Ascensão meteórica no Mundial
A participação do Real no Mundial de Clubes foi marcada por atuações sólidas, mas quem tem chamado atenção é Gonzalo García. O atacante formado nas categorias de base do clube chegou sem grande alarde, mas assumiu uma responsabilidade inesperada ao substituir Mbappé, fora da competição por conta de uma gastroenterite.
Mesmo com a pressão do cenário internacional, García respondeu com personalidade. Foram três gols em quatro partidas. Quando não balançou as redes, como diante do Pachuca, participou ativamente da construção ao oferecer uma assistência. Isso significa que o jovem teve participação direta em todos os gols marcados pelo clube até aqui na competição.
Com essa performance, o atacante demonstrou não apenas oportunismo, mas um faro de artilheiro que impressiona. Sua movimentação dentro da área, senso de posicionamento e comprometimento tático têm sido elogiados pela comissão técnica e pela imprensa espanhola.
Cria do Real com mentalidade competitiva
Gonzalo García integra o Real Madrid desde a adolescência e chegou ao elenco principal apenas na temporada 2023/24. Antes disso, brilhou com a equipe B, o Real Madrid Castilla, onde anotou impressionantes 24 gols e três assistências em 36 partidas.
O desempenho no Castilla já sinalizava um atacante pronto para voos maiores. No Mundial, consolidou essa expectativa e mostrou que está apto a disputar espaço com jogadores de renome internacional. Além dos gols, o jovem demonstra uma aplicação tática digna de jogadores mais experientes.
Seu valor de mercado, atualmente em torno de €10 milhões, aponta para um atleta com potencial de valorização rápida. Além disso, a experiência como titular da seleção espanhola Sub-19 na Eurocopa de 2022 reforça que a maturidade competitiva já o acompanha há algum tempo.
Comparações com Raúl crescem
As boas atuações de Gonzalo García rapidamente chamaram a atenção da imprensa local, que iniciou as comparações com Raúl González, um dos maiores ídolos do Real Madrid. Assim como Raúl, García também é um centroavante de origem madrilenha e foi formado no clube.
A comparação ganhou ainda mais força com as declarações do técnico Xabi Alonso. O treinador destacou que o camisa 9 mostra instintos semelhantes aos de Raúl: posicionamento apurado, luta constante pela bola e leitura de jogo diferenciada. Segundo Alonso, trata-se de um jogador que “está sempre ali tentando” e que “lembra muito o Raúl”.
Tal analogia não se resume ao estilo. Assim como o ídolo nos anos 1990, Gonzalo aparece como uma alternativa da base que oferece soluções em momentos importantes — uma característica rara em times estrelados como o atual elenco merengue.
Impacto no futuro de Endrick
A ascensão de Gonzalo García aumenta a concorrência no setor ofensivo do Real Madrid, especialmente para jovens talentos como Endrick. O brasileiro, que se recupera de uma lesão muscular, chegou a tempo apenas para acompanhar o Mundial dos Estados Unidos do banco de reservas.
Em sua primeira temporada pelo Real, Endrick disputou 37 partidas, mas apenas oito como titular. Marcou sete gols, número respeitável para sua idade, mas que pode não ser suficiente diante da nova realidade do elenco.
Com Mbappé, Vini Júnior e Rodrygo como titulares e García em grande fase, o espaço para o ex-Palmeiras diminui ainda mais. Ainda assim, o brasileiro permanece firme na disputa por minutos, afastando a possibilidade de um empréstimo por enquanto.
Esse novo cenário obriga a comissão técnica madrilenha a reavaliar prioridades e pode apressar decisões sobre a rotação do ataque. A disputa promete ser intensa, com García transformando expectativas em desempenho dentro do gramado.
Um reforço inesperado
A performance de Gonzalo García no Mundial de Clubes talvez seja uma surpresa para quem não acompanha as categorias de base do Real Madrid. Internamente, porém, seu crescimento vinha sendo monitorado de perto. Jogadores como ele, formados no próprio clube, carregam o DNA madridista e desbloqueiam soluções não previstas no planejamento inicial da temporada.
A disputa por espaço continua acirrada, mas, até o momento, García transformou ausência de estrelas em oportunidade de ouro e provou que está pronto para fazer parte de um dos elencos mais competitivos do planeta. A trajetória, ainda em início, já é promissora. E talvez, ao fim desta temporada, o apelido de “novo Raúl” não pareça mais tão precipitado.
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