Com o fim anunciado de sua trajetória pelo Manchester City, Kevin De Bruyne começou a se despedir dos torcedores com um momento marcante no Etihad Stadium. O belga foi decisivo ao anotar o único gol da vitória sobre o Wolverhampton pela Premier League.
A partida válida pela 35ª rodada marcou o penúltimo jogo do meia em casa com a camisa dos Citizens. O resultado garantiu três pontos importantes na disputa pela vice-liderança e manteve o time vivo na perseguição ao Arsenal.
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Equilíbrio inicial e sustos defensivos
A atmosfera no Etihad trazia a mistura de festa e nervosismo. O Manchester City, mesmo jogando em casa, viu o Wolverhampton iniciar melhor, apostando em transições rápidas. Logo aos 20 minutos, Matheus Cunha deixou Munetsi em boas condições de servir Bellegarde, mas a chance clara foi desperdiçada. Pouco depois, Ait Nouri acertou a trave em chute cruzado e, no rebote, Gvardiol salvou em cima da linha, evitando o primeiro gol dos visitantes.
Mesmo com maior posse de bola, o City encontrava dificuldades de criação. Rúben Dias e Omar Marmoush tentaram de longe sem sucesso, refletindo a dificuldade da equipe em furar a defesa bem postada comandada por Vítor Pereira.
De Bruyne decide na reta final do primeiro tempo
O gol do Manchester City veio após uma recuperação de bola no meio-campo feita por Bernardo Silva. Doku partiu em velocidade pela esquerda, driblou a marcação e cruzou rasteiro para Kevin De Bruyne. O camisa 17 apareceu livre e empurrou para o fundo das redes, desencadeando aplausos e cânticos da torcida — uma reverência ao ídolo que está prestes a se despedir do clube.
A jogada foi um raro momento de fluidez ofensiva em um jogo travado. A dobradinha belga entre Doku e De Bruyne simbolizou bem um City que precisou da estrela de seus principais jogadores para sair em vantagem.
Controle no segundo tempo sem sustos maiores
Com o placar a favor, o Manchester City voltou do intervalo com uma postura menos incisiva. A estratégia passou a ser o controle do ritmo da partida e a tentativa de neutralizar o ímpeto dos Wolves. Ainda assim, Matheus Cunha assustou novamente ao acertar a trave em chute forte pela esquerda, demonstrando que o time visitante ainda acreditava no empate.
A resposta de Guardiola veio através do banco: ao invés de colocar nomes como Haaland, Grealish ou Gundogan, o treinador deu oportunidade aos jovens. A movimentação renovada trouxe mais intensidade, mesmo sem ampliar o placar, e ajudou na manutenção do resultado.
City se aproxima do Arsenal, Wolves estacionam
Com a vitória, o Manchester City chegou aos 64 pontos, diminuindo a distância para o segundo colocado, o Arsenal, na reta final da Premier League. A equipe de Pep Guardiola segue viva na perseguição pela vice-liderança e reforça sua recuperação na temporada após uma sequência de seis jogos invictos.
Por outro lado, o Wolverhampton sofreu sua primeira derrota após seis vitórias consecutivas. A equipe permanece com 41 pontos, na 13ª colocação, ainda confortável em relação à zona de rebaixamento, mas sem grandes pretensões nas últimas rodadas.
O gol de Kevin De Bruyne — em um jogo marcado pela tensão e emoção — foi mais do que decisivo no placar: foi representativo de uma era que se aproxima do fim. Na penúltima atuação em seu estádio pela equipe azul de Manchester, o camisa 17 confirmou, mais uma vez, seu protagonismo com a camisa dos Citizens.
