Cole Palmer finalmente voltou a marcar e reacendeu as esperanças do Chelsea na briga por uma vaga na Liga dos Campeões. O gol contra o Liverpool colocou fim a um jejum incômodo e devolveu protagonismo ao principal jogador dos Blues.
Durante 110 dias longe das redes, o camisa 20 viu o time oscilar na Premier League. Agora, nos momentos decisivos da temporada, ele precisa retomar a liderança técnica e manter vivo o sonho europeu do clube.
O que você vai ler neste artigo
O fim do jejum e a importância de Palmer
O gol marcado diante do Liverpool interrompeu uma sequência de 18 jogos sem balançar as redes, totalizando 1.358 minutos de seca. Essa fase sem gols afetou diretamente a produção do Chelsea, que oscilou nos resultados mesmo com Palmer sendo uma figura participativa em campo. A partida contra os Reds serviu, portanto, como ponto de virada para o meia-atacante inglês, que se mantém como artilheiro da equipe na temporada, com 15 gols.
Antes de acertar com o clube de Londres, Palmer havia marcado apenas seis vezes no futebol profissional. Os números deram um salto expressivo desde sua chegada ao Chelsea — foram 25 gols em 45 partidas na temporada passada, o que consolidou sua posição como referência ofensiva do time. Apesar disso, nem mesmo esse alto desempenho foi suficiente para garantir classificação à Champions naquela campanha.
Irregularidade coletiva em campo
A ausência de gols de Palmer refletiu uma campanha oscilante dos Blues na Premier League. Durante seu jejum, o Chelsea sofreu cinco derrotas e acumulou tropeços importantes, como frente ao Bournemouth e Ipswich. O desempenho irregular minou pontos fundamentais na corrida por uma vaga entre os quatro primeiros.
Nas últimas dez rodadas do campeonato, excluindo o embate com o Liverpool, o time londrino marcou apenas 12 gols e passou em branco em três confrontos. Mesmo assim, segue em quinto lugar, com 63 pontos — mesma pontuação do Newcastle, atual quarto colocado, e apenas um ponto atrás do Manchester City, terceiro.
A falta de um centroavante confiável
Apesar de possuir a terceira melhor defesa da temporada — atrás apenas de Liverpool e Arsenal —, o Chelsea volta a sofrer no setor ofensivo. A escassez de um camisa 9 decisivo pesa negativamente. Nicolas Jackson, com 12 gols até o momento, e Marc Guiu, com seis, têm alternado no setor, mas não chegam ao nível de entrega esperado. Outra possibilidade tem sido o uso de Nkunku como falso nove, recurso que ainda não se provou totalmente eficaz.
Nesse cenário, Palmer se destaca como um dos poucos com regularidade de produção ofensiva ao longo da temporada, mesmo com a queda recente. Sua retomada às redes pode representar mais do que números: é a chance de liderar a equipe em um sprint final crucial do torneio.
Próximos desafios decisivos
Na reta final da Premier League, o Chelsea terá pela frente rivais diretos na luta por Champions. Os adversários imediatos serão Newcastle e Nottingham Forest, além do confronto contra o Manchester United — duelos que prometem testar o fôlego do elenco e a liderança de Palmer na criação e execução de jogadas chave.
Com a definição da temporada próxima, cada ponto conquistado poderá ser determinante. Neste cenário, a performance de Cole Palmer se torna ainda mais central, tanto pelo peso que carrega no time quanto pela necessidade evidente de alcançar um desfecho diferente daquele amargo da temporada anterior.