A temporada 2024/25 começa com um cenário inédito no futebol europeu: jogadores consagrados, em pleno auge, optando por atuar na Turquia. O país, que há décadas atrai atletas veteranos, agora passa a disputar com as maiores ligas do continente a contratação de nomes em alta no mercado.
Victor Osimhen é o rosto dessa nova fase. Artilheiro na temporada passada, o atacante nigeriano escolheu permanecer em definitivo no Galatasaray, mesmo diante do interesse de clubes da elite como PSG e Chelsea.
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Galatasaray lidera a revolução turca
Após três títulos consecutivos do Campeonato Turco, o Galatasaray intensifica sua ambição internacional. A busca agora é por resultados de impacto na Liga dos Campeões, onde o clube não ultrapassa a fase de grupos desde 2014. Para isso, investiu pesadamente na formação de um elenco galáctico.
A contratação de Osimhen por 75 milhões de euros — maior compra da história do futebol turco — mostra o tamanho do novo projeto do clube. Na temporada anterior, o atacante marcou 37 gols em 40 partidas e foi peça determinante na conquista do título nacional. Mas o nigeriano está longe de ser a única estrela.
O clube também anunciou Leroy Sané, que chegou sem custos após fim de contrato com o Bayern de Munique. Aos 29 anos, o alemão poderá reencontrar o protagonismo perdido na Alemanha. Com salário anual de 9 milhões de euros e bônus considerável, Sané indicou que a proposta turca é mais do que um retiro dourado.
Completam o supertime jogadores como:
- Mauro Icardie Álvaro Morata, dupla com trajetória de destaque nas ligas europeias;
- Davinson Sáncheze Lucas Torreira, que chegaram após experiências em Tottenham e Arsenal;
- Gabriel Sara, brasileiro que cresceu no futebol inglês e agora tem papel relevante no meio-campo.
A política agressiva de salários atrativos e bônus de fidelidade tem sido o diferencial. Osimhen, por exemplo, terá vencimentos líquidos de 15 milhões de euros por temporada, mais cinco milhões por direitos de imagem e um milhão em bônus de lealdade.
O Fenerbahçe também reage
Do outro lado de Istambul, o Fenerbahçe não ficou para trás. Comandado por José Mourinho, o clube aposta em um projeto ambicioso, ainda que com valores mais comedidos em relação ao rival. O treinador português aceitou o desafio turco com a missão clara: reconquistar o domínio local, algo que o clube não alcança desde 2014.
O time foi vice-campeão turco por apenas três pontos na última liga, mesmo somando 99 pontos. A diferença mínima reafirma o nível de acirramento no topo nacional — e as medidas para 2024/25 já refletem a busca por ultrapassar o vizinho.
Nesta janela, o clube oficializou as compras definitivas de Amrabat(ex-Manchester United) e Skriniar(ex-PSG), que haviam chegado por empréstimo. Também contratou o lateral-direito Nelson Semedo, numa investida direta ao mercado da Premier League.
A principal cartada, no entanto, foi o empréstimo de Jhon Durán, que havia sido negociado por 77 milhões de euros com o Al Nassr após se destacar no Aston Villa. O colombiano fez 12 gols em seis meses na Arábia antes de se transferir para o Fenerbahçe, que desembolsou 7 milhões de euros pelo empréstimo.
Outros nomes que compõem um elenco forte incluem:
- Dominik Livakovic, goleiro titular da seleção croata;
- Çağlar Söyüncü, defensor com passagem de destaque no futebol inglês;
- Fred, meia brasileiro ex-Manchester United;
- Anderson Talisca, que voltou ao futebol turco e já marcou 12 gols em 23 jogos.
Com Mourinho no comando, o Fenerbahçe busca aliar experiência com um elenco renovado, apostando em talentos em ascensão como Durán e atletas em busca de reconsolidação no cenário europeu.
A Turquia como novo centro do futebol europeu
O investimento turco muda a percepção sobre a Superliga. De um campeonato regionalmente competitivo, passou a ser uma liga que compra, forma e retém talentos de elite. O movimento é sustentado, além dos clubes mais populares, por melhorias na estrutura, presença de técnicos de renome e contratos altamente competitivos.
Dois gigantes locais protagonizam esse processo: Galatasaray, com seu apetite europeu reforçado, e Fenerbahçe, motivado a quebrar uma década sem títulos. A disputa elevou o padrão do futebol doméstico, atraiu mais olhares para a liga e impulsionou suas marcas.
Com investimentos recordes e um campeonato equilibrado — o título de 2023/24 foi definido por três pontos —, a Superliga Turca hoje figura entre os destinos mais desejados por jogadores de alto nível. Dos bastidores financeiros ao desempenho em campo, a Turquia deixou de ser coadjuvante para se colocar como novo ator central no futebol do continente.
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