A derrota para o Al-Hilal, há dois anos, ainda ecoa na memória do Flamengo. Na ocasião, o time carioca ficou fora da final do Mundial de Clubes, mesmo sendo amplamente favorito contra os sauditas.
Agora, prestes a estrear novamente na competição, o Rubro-Negro encara o Espérance de Tunis com respeito redobrado. O adversário é considerado perigoso e pode disputar diretamente com os brasileiros uma das vagas do grupo.
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Clima de atenção desde o revés de 2023
A lembrança do revés contra o Al-Hilal segue viva e transformou-se em lição interna no Flamengo. Em 2023, a equipe chegou cercada de expectativa, mas sucumbiu diante de um oponente determinado e eficiente. A queda precoce deixou marcas e reforçou a ideia de que o favoritismo em papel não se traduz em resultados práticos.
Na atual campanha, o clube carioca reforça o discurso da cautela. Jogadores e comissão técnica buscam evitar a armadilha da confiança excessiva. O técnico Filipe Luís e atletas como Everton Cebolinha reforçaram que a história recente é suficiente para impedir qualquer tipo de acomodação no jogo contra o Espérance.
Internamente, o episódio contra os sauditas virou referência para a preparação mental e tática. Dessa forma, o Flamengo parte para a estreia com foco reforçado e consciente de que a camisa, sozinha, não vence partidas.
Estreia com cara de decisão no grupo
O primeiro compromisso do Flamengo no novo formato do Mundial de Clubes coloca frente a frente duas equipes que têm, além do Chelsea, chances concretas de avançar no grupo. Por mais que o Los Angeles FC figure como o elo mais frágil, a disputa por uma segunda vaga está aberta — e o Espérance aparece como o desafio direto.
O técnico do time tunisiano, Maher Kanzari, evitou qualquer discurso polêmico. Reforçou o equilíbrio da partida e o respeito pelas qualidades do adversário brasileiro. Ainda assim, demonstrou confiar no desempenho de seus atletas, focando numa apresentação competitiva e sólida.
A estatística do Espérance corrobora com a expectativa de um jogo difícil. O time supera os 100 gols marcados na temporada e se destaca pelo domínio sobre os adversários locais, além de uma defesa sólida e jogadores ofensivos rápidos e decisivos.
O discurso unificado do Flamengo
Filipe Luís destacou o ataque veloz e eficiente do Espérance, que ataca os espaços e mantém a posse de bola. Para ele, enfrentar uma equipe com tanta confiança e um histórico recente expressivo exige concentração total.
Já Everton Cebolinha lembrou que o favoritismo externo deve ser tratado com ceticismo. Para o atacante, a eliminação passada é prova clara de que apenas a dedicação em campo impõe respeito e resultado. “A camisa não vence sozinha”, afirmou, numa tentativa de manter os pés no chão.
Tanto a diretoria quanto o elenco trabalham o aspecto psicológico como fator essencial. O desempenho no último Mundial não apenas ficou como cicatriz, mas virou instrumento de aprendizado para não repetir a dose.
Espérance aposta na experiência e solidez
Do outro lado, o Espérance de Tunis desembarca com metas ambiciosas, mas também com a consciência da dificuldade do confronto. Maher Kanzari valorizou o trabalho que tem à frente do elenco e afirmou conhecer bem tanto os pontos positivos como as vulnerabilidades da própria equipe.
Com um plantel acostumado a vencer em seu continente, o Espérance chega respaldado por boas campanhas e um estilo de jogo consolidado. A expectativa é causar desequilíbrio no esquema flamenguista com rapidez nas transições e presença no terço final do campo.
A equipe tunisiana também tem a seu favor a ausência de pressão. Sem a grande vitrine internacional do adversário, o Espérance tenta fazer valer o fator surpresa, espelhando-se justamente no Al-Hilal de 2023.
Expectativa para o confronto
O duelo entre Flamengo e Espérance de Tunis será realizado às 22h e já é encarado como determinante dentro do grupo. O Chelsea, amplamente favorito, deve liderar a chave, restando uma única vaga para a briga entre sul-americanos, africanos e norte-americanos.
A partida marca a estreia oficial das equipes no novo formato do Mundial e tende a funcionar como um divisor de águas para as pretensões rubro-negras. A confiança existe, mas vem acompanhada de um respeito voltado à qualidade do adversário. Desta vez, o time carioca parece ter aprendido o valor da prudência competitiva.
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