O Mundial de Clubes é o centro das atenções no futebol internacional, mas nos Estados Unidos, o foco seguiu voltado também para a Major League Soccer. A bola voltou a rolar com intensidade, oferecendo um espetáculo de talentos pouco badalados.
Enquanto os olhos estavam voltados para os gigantes do torneio global, o futebol norte-americano revelou novos protagonistas, provando que há boas histórias fora da rota tradicional da elite mundial.
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Milan Iloski: o protagonista inesperado
No confronto entre San Diego FC e Vancouver Whitecaps, um nome pouco conhecido chocou os espectadores da MLS. Milan Iloski, atacante de 25 anos, marcou quatro gols em apenas 12 minutos — uma façanha que dificilmente será esquecida pelos torcedores da equipe californiana.
Ele iniciou sua contagem aos 35 minutos do primeiro tempo, marcou três vezes até o intervalo e voltou do vestiário com mais um gol. A partida terminou com vitória de 5 a 3 do San Diego, e três dessas bolas decisivas vieram dos pés de Anders Dryer, responsável pelas assistências.
O desempenho relâmpago coloca Iloski, até então conhecido apenas por sua atuação no modesto Orange County, na vitrine do futebol norte-americano. Após uma breve e discreta passagem pelo Nordsjaelland, da Dinamarca, o atacante mostra agora um potencial inesperado.
Não se trata apenas de uma boa atuação, mas de um possível ponto de virada em sua carreira. Performances dessa magnitude costumam atrair a atenção tanto da mídia quanto de clubes maiores dentro e fora dos EUA.
Evander brilha pelo FC Cincinnati
Enquanto os clubes brasileiros eram testados no Mundial de Clubes, um brasileiro se destacou em solo norte-americano. Evander, meia do FC Cincinnati, foi decisivo na vitória por 3 a 1 sobre o CF Montréal, marcando dois gols e contribuindo com uma assistência.
Identificado com a camisa 10, Evander vem sendo um nome de constância na MLS. Contra os canadenses, ele não apenas mostrou precisão nas finalizações, como também articulou boa parte das jogadas ofensivas de sua equipe.
Com passagens anteriores pelo Vasco da Gama e FC Midtjylland, da Dinamarca, o meia vem consolidando seu nome nos Estados Unidos com atuações regulares e influência crescente. A liderança técnica que vem demonstrando transforma o jogador em candidato natural a destaque da temporada.
Além disso, seu desempenho contribui para trazer atenção internacional ao campeonato, que frequentemente carece de figuras que unam qualidade técnica e apelo midiático.
Sam Surridge: artilheiro em ascensão
Outro nome em evidência é o do inglês Sam Surridge, que deixou seus dias de coadjuvante na Premier League para alcançar status de estrela na MLS. Com um hat-trick na vitória por 3 a 2 sobre o New England Revolution, o atacante do Nashville SC elevou sua marca para 15 gols em 19 jogos.
Ex-jogador de clubes como Bournemouth, Swansea, Stoke City e Nottingham Forest, Surridge nunca conseguiu se firmar como titular absoluto na Inglaterra. No entanto, desde que chegou aos Estados Unidos em 2023, encontrou um ambiente em que seu futebol pôde florescer.
Com média impressionante de gols, ele se consolida como um dos principais nomes do ataque na atual temporada da liga americana. Sua movimentação, finalização refinada e oportunismo dentro da área chamam atenção mesmo entre os jogos de menor exposição.
Mesmo sem ter brilhado nos campos britânicos, Surridge parece ter encontrado o cenário ideal para desenvolver todo seu potencial — e isso pode, inclusive, colocá-lo novamente no radar de clubes europeus.
Estrelas em cenário paralelo ao Mundial
Em meio à pompa da Copa do Mundo de Clubes, com representações pesadas da Europa e América do Sul, a MLS vive seu calendário regular e revela estrelas alternativas. Jogadores como Milan Iloski, Evander e Sam Surridge representam essa faceta menos visível, mas igualmente vibrante.
Este contraste serve para evidenciar como o futebol é plural em suas manifestações. As atenções não precisam estar apenas sobre os gigantes habituais; há brilho também nos campos de menor visibilidade.
Assim, enquanto alguns clubes lutam pelo título mundial, outros constroem narrativas que, ainda que paralelas, são igualmente ricas e apaixonantes. A MLS mostra mais uma vez que seu crescimento é sustentado não apenas por grandes contratações, mas por talentos que emergem quando menos se espera.
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