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Ajax enfrenta pior início na Champions League 2025/2026

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O Ajax voltou à fase de grupos da Champions League após duas temporadas de ausência, mas o retorno tem sido desastroso. Com três derrotas consecutivas e um saldo de gols alarmante, o clube vive seu pior início na competição europeia.

Esse desempenho ruim não é uma surpresa isolada. Já são várias temporadas de decadência, tanto no cenário internacional quanto no Campeonato Holandês, mostrando que a crise em Amsterdã é profunda e prolongada.

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Derrota atrás de derrota: Ajax vive drama histórico na Champions

A temporada 2025/26 da UEFA Champions League marca o retorno do Ajax à elite europeia, mas o roteiro tem sido digno de pesadelo. Derrotado em Amsterdã pela Internazionale por 2 a 0, goleado pelo Marseille na França por 4 a 0 e humilhado em Londres pelo Chelsea por 5 a 1, o clube holandês amarga três derrotas em sequência — algo inédito em sua história na Champions.

Além das derrotas, os números são alarmantes. Com 11 gols sofridos e apenas um marcado, o Ajax tem a pior defesa da fase de grupos até aqui, ao lado do Eintracht Frankfurt, e também divide o posto de ataque menos eficiente com equipes de menor expressão, como Kairat, Pafos FC e Olympiacos.

Em edições anteriores em que fracassou na fase de grupos, como em 2003/04 e 2004/05, o Ajax não chegou a perder três jogos em sequência. Isso evidencia o caráter inédito da crise técnica e tática que o clube atravessa. Ainda restam partidas contra Galatasaray, Benfica, Qarabag, Villarreal e Olympiacos na fase de liga, mas o desempenho até aqui levanta sérias dúvidas sobre a capacidade de reação da equipe.

Se por um lado o PSV vem fazendo boa campanha europeia — com direito a vitória imponente sobre o Napoli —, o Ajax se distancia cada vez mais das glórias que outrora marcaram sua trajetória internacional.

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Mau momento também no Campeonato Holandês

O cenário no Campeonato Holandês, a Eredivisie, não inspira otimismo. Nas nove primeiras rodadas da temporada 2025/26, o Ajax venceu apenas quatro vezes, empatou outras quatro e perdeu uma, totalizando 16 pontos. O desempenho é insuficiente diante das expectativas e o coloca apenas na quarta colocação da tabela.

Enquanto isso, o Feyenoord, grande rival e atual carrasco, lidera com folga com 25 pontos, mostrando consistência e regularidade que têm faltado à equipe da Johan Cruyff Arena. O Ajax, por sua vez, tem tropeçado inclusive contra adversários de menor expressão, deixando escapar pontos importantes justamente quando a regularidade poderia ser uma aliada para a retomada da confiança.

Essa perda de competitividade dentro do próprio país contrasta com o histórico vitorioso do clube. O domínio doméstico foi, por anos, a base do Ajax para lançar talentos e se firmar como força europeia. A atual fase mostra, porém, uma organização em declínio, tanto no que diz respeito ao elenco quanto na estrutura gerencial.

Da saída de Ten Hag à derrocada prolongada

O colapso que hoje se observa no Ajax tem raízes claras. A saída de Erik ten Hag, Marc Overmars e Edwin van der Sar marcou o fim de uma era de estabilidade e protagonismo. Desde então, o clube enfrentou janelas de transferências desastrosas, com a saída de peças-chave — como Sébastien Haller, André Onana e Lisandro Martínez — e a chegada de reforços que não corresponderam às expectativas.

Na temporada 2023/24, o clube flertou com o rebaixamento na Eredivisie por um bom tempo e fechou o campeonato em um modesto quinto lugar. A eliminação precoce na copa nacional e na Europa League completou o desastroso ciclo.

A situação se agravou em 2024/25, quando o clube liderava o campeonato na reta final, mas afundou numa sequência de vexames. Com sete rodadas restantes, a derrota para o PSV quebrou o ímpeto da equipe. O Ajax de Francesco Farioli ainda perderia para o Utrecht (4 a 0) e para o NEC (3 a 0), abrindo caminho para a virada do PSV, que conquistaria o campeonato que muitos já consideravam garantido para os amsterdameses.

Novos nomes, mesmas decepções

Tentando reverter o curso, o Ajax apostou em mudanças. Francesco Farioli foi demitido após a perda do título e substituído por John Heitinga, ex-zagueiro com história no clube. Além disso, nomes de impacto chegaram ao elenco, como Oscar Gloukh e Kasper Dolberg, em movimentações milionárias para reforçar a criação e o ataque.

Ainda assim, os resultados seguem decepcionantes. A equipe não apresenta padrão de jogo claro, sofre com falhas defensivas recorrentes e carece de criatividade ofensiva. Em um calendário espremido e sob forte pressão da torcida e imprensa, o clima no vestiário da Johan Cruyff Arena é de urgência.

Mesmo com confrontos ainda por vir na Champions, e com tempo de recuperação no Campeonato Holandês, o atual momento exige mais que mudanças pontuais. O clube precisa reencontrar sua identidade e resgatar o projeto esportivo que o levou ao patamar europeu nos últimos anos.

A crise do Ajax não é apenas uma sequência de más atuações. Trata-se de um reflexo aprofundado de decisões equivocadas, saídas traumáticas e gestão inconsistente — fatores que minam um clube tradicional e, até pouco tempo, temido internacionalmente.

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