A Copa do Nordeste de 2025 já tem garantida uma novidade em seu desfecho: um finalista inédito. Com a surpreendente eliminação do Vitória ainda nas quartas de final, a competição abre caminho para times emergentes buscarem um feito histórico.
CSA e Confiança disputam entre si uma vaga na grande decisão. Ambos já avançaram além do esperado, e agora terão chance real de alcançar, pela primeira vez, a final do torneio regional.
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Virada de roteiro após queda do Vitória
A eliminação precoce do Vitória em casa, no Barradão, diante do Confiança, transformou completamente o cenário do mata-mata. Antes apontado como favorito pelo lado mais acessível da chave, o Leão acabou surpreendido. Isso não apenas abriu caminho para os chamados “azarões”, como também provocou mudanças internas, incluindo a demissão do técnico Thiago Carpini.
Na mesma perna do chaveamento estavam apenas clubes de divisões inferiores: CSA, Confiança e Ferroviário. O time alagoano superou o Ferroviário e se juntou ao Dragão na semifinal. Como resultado, a vaga para a grande final será disputada entre equipes fora do eixo tradicional de força da competição.
Confiança repete feito e mira final sem precedentes
O Confiança, de Aracaju, ressurge com força em sua 14ª participação na Copa do Nordeste após três anos de ausência. A campanha de 2020 já havia sido a melhor da história do clube na competição, quando alcançou a fase semifinal. Em 2025, o Dragão iguala tal feito, desta vez eliminando o favorito Vitória depois de uma atuação consistente e estratégica.
Historicamente, o clube acumula mais eliminações na fase de grupos do que avanços nas fases finais. Porém, o desempenho sólido neste ano mostra que o time sergipano está preparado para ir além. A vitória sobre um dos maiores campeões do Nordeste reforça que o Confiança não chegou à semifinal por acaso, tornando-se um forte candidato à surpresa.
CSA quebra jejum e retorna ao protagonismo
O CSA volta a figurar entre os quatro melhores times da Copa do Nordeste pela primeira vez desde 2010. Naquele ano, o Azulão também parou na semifinal, sendo eliminado justamente pelo Vitória. Desta vez, porém, o destino lhe oferece uma rota alternativa com menos favoritismo na disputa. Vencendo o Ferroviário, o time mostrou equilíbrio coletivo e consistência emocional para lidar com confrontos eliminatórios.
Com campanhas expressivas também em 1999, ano em que chegou a esta mesma fase, o clube alagoano tenta resgatar o protagonismo regional. A ausência de 15 anos entre os semifinalistas mostra o peso desta campanha, ainda mais considerando o espaço ocupado por clubes mais tradicionais nos últimos anos.
Bahia e Ceará travam clássico por lugar na decisão
No outro lado do chaveamento, o duelo entre Bahia e Ceará promete um embate de gigantes. O Tricolor Baiano eliminou o Fortaleza na Arena Fonte Nova e volta a disputar uma vaga em final após o vice em 2023. Com mais presenças em finais e títulos conquistados do que qualquer outro participante, o Bahia busca manter a hegemonia na competição — tem quatro conquistas até aqui.
Já o Ceará mostra consistência recente, chegando agora à sexta semifinal em sua história. Campeão em 2015, 2020 e 2023, o Vozão aparece como um dos clubes mais competitivos dos últimos anos na Copa do Nordeste, inclusive superando o Bahia em decisões diretas — como aconteceu em 2020. O histórico entre os dois é amplo e recheado de confrontos decisivos.
Chaveamento desequilibrado expõe estrutura do torneio
O avanço de clubes considerados médios ou pequenos do lado oposto ao de gigantes como Bahia, Ceará, Sport e Fortaleza é consequência direta do chaveamento. A formação dos grupos resultou num desequilíbrio perceptível, onde os favoritos concentraram-se em uma mesma parte da tabela. O Confiança soube aproveitar esse cenário, assim como o CSA, para surpreender e mudar a narrativa da Copa do Nordeste de 2025.
A semifinal entre dois clubes menos tradicionais contrasta com o clássico nordestino do outro lado, e assegura desde já uma final surpreendente. Independentemente de quem chegar, haverá uma disputa entre um estreante e um tricampeão ou tetracampeão regional.
Com semifinais ainda sem data marcada, a expectativa cresce por um dos desfechos mais imprevisíveis da história da competição. Se de um lado prevalecerá a tradição, do outro virá a novidade, garantindo um reencontro entre duas realidades bem distintas do futebol nordestino.
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