O Campeonato Brasileiro de 2024 tem surpreendido os torcedores com o desempenho inesperado de alguns clubes. O Mirassol, em sua primeira participação na elite, mostra força pouco vista entre estreantes recentes na Série A.
Enquanto isso, o Red Bull Bragantino, conhecido por sua estrutura e investimento estável, vê sua curva de desempenho acentuar-se negativamente, em contraste com a ascensão do vizinho interiorano.
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O fenômeno Mirassol: campanha além das expectativas
Nascido de uma tradição modesta no futebol paulista, o Mirassol entrou no Brasileirão com o rótulo de "azarão". No entanto, com 28 pontos em 16 jogos e ocupando a quinta colocação, o clube já supera qualquer previsão feita no início da temporada. A equipe está invicta há nove partidas, somando seis vitórias e três empates — desempenho raro para um estreante na competição nacional.
Apesar da cautela em assumir protagonismo no pelotão da frente, é inevitável notar a eficiência dentro de campo. O elenco limitado, se comparado aos clubes de maior investimento, encontra no sistema tático e no coletivo organizado suas maiores forças. O técnico tem conseguido extrair o máximo de jogadores muitas vezes desconhecidos do grande público, consolidando a fama de sensação desse Brasileirão.
A diferença para o quarto colocado é de apenas um ponto. Além disso, o Mirassol ainda tem um jogo a menos, o que pode deixá-lo tecnicamente dentro do G4 já na próxima rodada. Mesmo que a manutenção desse nível seja difícil, esta verdadeira arrancada já marca o nome do Leão Caipira no cenário futebolístico nacional.
O desempenho chama atenção especialmente pelos recursos limitados. A folha salarial do clube, bem abaixo do habitual entre os gigantes do campeonato, exige criatividade nas contratações e foco na formação de atletas. Ainda assim, os resultados mostram que o futebol pode, sim, ser movido por organização antes de cifras.
A derrocada recente do Red Bull Bragantino
Por outro lado, o Red Bull Bragantino vive seu momento mais delicado desde o início da parceria com a empresa de bebidas energéticas. Com cinco derrotas consecutivas, o clube de Bragança Paulista apresenta sua pior sequência desde que passou a atuar com o novo modelo de gestão.
O time, que em momentos anteriores da temporada chegou a figurar entre os quatro primeiros, agora se vê um ponto abaixo do Mirassol — mas com dois jogos a mais realizados. Esse detalhe acentua ainda mais o contraste no rendimento recente das equipes. Se o Leão sobe, o Braga Bull escorrega.
A queda de desempenho pode ser atribuída a diversos fatores: lesões, instabilidade técnica e oscilações dos jogadores-chave. Contudo, o que mais preocupa é a aparente dificuldade em reagir diante das adversidades, algo que em temporadas anteriores o Bragantino soube contornar com mais eficiência.
O clube ainda mantém boas peças no elenco e estrutura invejável, mas a sequência negativa compromete a confiança interna e externa. A expectativa agora recai sobre uma reviravolta rápida, antes que a crise de resultados se transforme também em crise institucional.
A temporada reserva ainda muitos capítulos, mas até aqui, o embate interiorano entre Mirassol e Bragantino tem desenhado uma nova balança no futebol paulista — e o peso, neste momento, pende para o lado dos estreantes.
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