Dois clubes brasileiros mantêm viva a esperança do país na atual edição da Copa Sul-Americana. Fluminense e Atlético-MG são os únicos representantes restantes, após uma campanha marcada por eliminações precoces.
Com a honra nacional em jogo, os dois times encaram as oitavas de final em busca de um lugar entre os oito melhores da competição. A missão, porém, exige superação e foco.
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Campanha decepcionante dos clubes brasileiros
A participação brasileira nesta edição da Copa Sul-Americana tem sido amplamente abaixo das expectativas. Tradicionalmente fortes na competição, os clubes do país protagonizaram a pior campanha conjunta desde a criação do torneio. Equipes como São Paulo, Santos e Internacional, que já ergueram a taça ou chegaram longe em edições anteriores, ficaram pelo caminho ainda nas fases iniciais.
O saldo negativo acendeu o alerta sobre o desempenho dos representantes nacionais em torneios continentais. Falta de regularidade, elencos enfraquecidos e planejamento contestável aparecem entre os motivos para o desempenho aquém da média. Isso colocou sobre os ombros de Fluminense e Atlético-MG a responsabilidade de evitar que o Brasil fique fora do pódio em mais uma competição internacional.
Além dos fatores esportivos, a precocidade das eliminações impacta questões financeiras, já que o avanço de fases costuma garantir premiações milionárias. Para Flu e Galo, resistir significa também manter viva uma importante receita para a temporada.
O caminho do Fluminense
O Fluminense chegou às oitavas após uma fase de grupos consistente, mas sua sequência agora envolve um desafio de peso diante do uruguaio Liverpool. A equipe carioca aposta na qualidade técnica do elenco e na experiência adquirida na Libertadores para seguir na busca pelo título inédito. Comandado por Fernando Diniz, o time tenta impor um futebol propositivo e de posse, mesmo atuando fora de casa.
Além disso, o retorno de jogadores importantes tem ampliado o leque de opções do treinador. Cano, Ganso e Jhon Arias são nomes que vêm fazendo a diferença e deverão ser cruciais no confronto. Outro fator importante é a presença da torcida no Maracanã, que pode ser determinante em um eventual jogo decisivo no Rio de Janeiro.
O clube das Laranjeiras, que recentemente chegou à final da Libertadores, vê na Sul-Americana uma oportunidade de garantir um título internacional inédito em sua galeria, além de interromper uma sequência de más atuações fora do cenário doméstico.
Atlético-MG aposta na força física
O Atlético-MG, por sua vez, encara a competição como modo de retomar protagonismo fora do Brasil. Após uma fase de grupos disputada, o time mineiro encara a equipe chilena Palestino nas oitavas. Comandado por Gabriel Milito, o Galo busca consolidar o esquema tático com pressão alta e domínio dos flancos do campo.
O elenco atleticano tem como base sua força física e um meio-campo competitivo, articulado por jogadores como Battaglia, Paulinho e Hulk. O último, inclusive, segue sendo o principal nome do ataque e esperança de gols nos confrontos decisivos. A consistência defensiva apresentada nas partidas recentes é outro fator que pode pesar a favor do alvinegro.
A missão fora de casa, no entanto, tende a ser complicada. Em solo chileno, o ambiente hostil e a adaptação ao gramado podem ser obstáculos a mais. Entretanto, o Atlético já demonstrou maturidade para se adaptar e buscar resultados sustentáveis longe de seus domínios.
Desempenho histórico e expectativa
Historicamente, a Copa Sul-Americana não é o torneio internacional de maior prestígio entre os clubes brasileiros, mas tem ganhado importância nos últimos anos, tanto pela visibilidade quanto pela premiação. Desde a sua criação, o título foi conquistado por apenas quatro times do Brasil: Internacional, São Paulo, Chapecoense (em título póstumo) e Athletico-PR.
O baixo número de conquistas chama a atenção diante da força do futebol nacional. Por isso, a campanha de Fluminense e Atlético-MG cria uma expectativa silenciosa entre torcedores e analistas. Ambos os clubes têm estruturas sólidas e elencos competitivos, o que aumenta suas chances de avançar às quartas de final e, quem sabe, ir além.
Caso cheguem à final, qualquer um dos dois terá a chance de salvar o país de mais um fracasso internacional na temporada. A responsabilidade é grande, mas a oportunidade de marcar história também.
Análise dos confrontos das oitavas
Além dos jogos dos brasileiros, as oitavas de final da Sul-Americana reúnem confrontos equilibrados. Equipes tradicionais da América do Sul, como LDU, Independiente del Valle e Racing, mantêm um alto padrão de competitividade na competição. A distribuição geográfica dos classificados também mostra a força do torneio fora do eixo Brasil-Argentina.
No entanto, com Flamengo e Palmeiras ainda vivos na Libertadores, parte da atenção do torcedor brasileiro migra para a Sul-Americana como possível consolo. Essa perspectiva faz com que os jogos de Flu e Galo ganhem mais destaque. A partir dos rendimentos recentes, ambos têm reais condições de chegar longe, desde que consigam manter a consistência.
Com os primeiros confrontos se aproximando, o desempenho dos representantes nacionais será acompanhado de perto. A torcida do Brasil, agora mais restrita a dois clubes, deposita esperanças em vitória, garra e qualidade para garantir que a taça, mesmo com um início decepcionante, possa ter um destino verde e amarelo.
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