Samuel Lino repete feito lendário de 1981 e entra para a história do Flamengo

Em uma atuação de destaque, Samuel Lino escreveu seu nome na história do Flamengo ao repetir um feito raríssimo de 1981. A atuação une o jovem atacante ao legado de craques do passado e o aproxima dos heróis rubro-negros da temporada de 2019.

Gols, assistências e domínio técnico destacaram a performance do jogador, reeditando memórias de grandes goleadas da equipe. Lino agora compartilha espaço em uma galeria de atuações memoráveis dignas de aplausos eternos.

Um feito repleto de simbolismo

Na goleada por 8 a 0 sobre o Goiás, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, Samuel Lino viveu uma noite brilhante, marcada pela contribuição direta em múltiplos gols. O resultado não apenas impressionou pela diferença no placar, mas também por ações individuais que resgataram lembranças icônicas dos torcedores. A partida remeteu, de forma inevitável, a atuações históricas de lendas como Nunes, especialmente na vitória por 8 a 0 sobre o Fortaleza em 1981.

Lino participou destacadamente tanto na armação das jogadas quanto na finalização, chamando a atenção por repetir um padrão ofensivo que foi símbolo da geração mais vitoriosa do clube na era recente: o Flamengo de 2019. Com duas assistências diretas e presença em outros lances capitais, o jovem comprovou seu amadurecimento e talento diante de um adversário completamente dominado.

Ecos da geração 2019 em campo

A atuação de Samuel Lino criou um paralelo inevitável com os tempos recentes de glória, especialmente com figuras como Gabriel Barbosa (Gabigol)e Giorgian De Arrascaeta, símbolos do Flamengo campeão em 2019. Naquela temporada, o clube colecionou goleadas expressivas, construídas com base em intensidade, posse de bola e finalizações de alto nível.

Durante a partida, Lino mostrou qualidades semelhantes às de Gabigol com sua movimentação incisiva e faro de gol, ao mesmo tempo em que se assemelhou a Arrascaeta no toque refinado e nas decisões em espaços reduzidos. Ao juntar essas características, entregou uma atuação completa, do início ao fim da partida. A comparação ganha mais peso considerando que ele contribuiu em cinco dos oito gols do time, algo que pouquíssimos jogadores conseguiram na história rubro-negra em uma só noite.

O paralelo com Nunes e o feito de 1981

A memória da goleada aplicada ao Fortaleza há mais de quatro décadasvoltou com força ao Maracanã. Naquela ocasião, Nunes marcou quatro vezese inscreveu seu nome entre os maiores atacantes do clube. A atuação de Lino neste novo massacre estabeleceu um novo elo entre gerações: o passado glorioso do Flamengo com o presente promissor.

Vale destacar que, desde o início da era dos pontos corridos, em 2003, o Flamengo só havia aplicado uma goleada tão expressiva em 2019, no 6 a 1 sobre o Goiás — também com protagonismo de Arrascaeta e Gabigol. Agora, Samuel Lino reforça essa estatística ao integrar o seleto grupo de atletas responsáveis pelas maiores margens de vitória do clube no século XXI.

Samuel Lino e as simbologias do momento

O reencontro com um placar histórico carrega não apenas a força dos números, mas também o simbolismo do momento. Samuel Lino não apenas marcou, mas ajudou a construir um espetáculo coletivo, característica essencial nas grandes fases do Flamengo. O torcedor, naturalmente saudoso da geração de 2019, vê em Lino uma ponte com aquele passado recente e glorioso.

Durante os 90 minutos, o camisa rubro-negro foi incansável: buscou jogo, recuou para armar, flutuou entre as linhas defensivas do adversário e soube decidir nos momentos certos. Ao final da partida, além de ser exaltado pela torcida, foi alvo de manchetes comparando seu desempenho aos maiores nomes da história recente do Flamengo — algo reservado a poucos.

Presente e futuro: uma noite que pode redefinir carreiras

Além da questão histórica, a goleada e a exibição de Samuel Lino trazem implicações práticas. Seu nível de atuação atrai olhares do mercado internacional, mas, sobretudo, reorganiza internamente o elenco rubro-negro. O técnico potencializa suas opções ofensivas e os torcedores renovam as expectativas por conquistas que se aproximem daquelas vividas na era de Jorge Jesus.

A sincronia entre momentos distintos — o passado lendário de Nunes, a geração de ouro liderada por Gabigol e a atualidade promissora de Lino — construiu uma narrativa que vai além de um placar elástico. Em uma única apresentação, Samuel conseguiu unir eras e deixar um registro que ecoará por muitos anos entre os muros da Gávea.