Com a classificação de Estudiantes e Flamengo às quartas de final, Brasil e Argentina reafirmam seu domínio absoluto na Copa Libertadores. Os dois países já somam, juntos, dez títulos nas últimas dez edições da competição.
A edição atual pode entrar para a história com uma repetição inédita: os oito classificados às quartas sendo apenas de clubes desses dois gigantes do futebol sul-americano.
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Confrontos de oitavas e o quase monopólio dos gigantes
Nesta fase de oitavas de final da Libertadores, o favoritismo de brasileiros e argentinos está se confirmando rodada após rodada. Flamengo e Estudiantes já garantiram presença nas quartas, representando mais um avanço rumo ao domínio total. Além deles, o Palmeiras está praticamente classificado após a goleada por 4 a 0 sobre o Universitario, no Peru, o que configura uma mera formalidade no jogo de volta.
O Botafogo, por sua vez, fez valer o mando de campo e venceu a LDU de Quito por 2 a 1 no Rio de Janeiro. O empate no jogo de volta no Equador o coloca entre os oito melhores. Enquanto isso, o River Plate segurou um empate fora de casa diante do Libertad e joga por uma vitória simples no Monumental de Núñez. A expectativa, portanto, é de que o cenário finalize com quatro clubes de cada país nas quartas de final.
Reverência ao histórico recente na competição
O domínio de brasileiros e argentinos não é novidade, mas os números atualizados dão a real dimensão do cenário. Desde 2014, 75% das vagas de quartas de final foram preenchidas por clubes dos dois países.Considerando 88 possíveis participações nas quartas ao longo das últimas 10 edições, o Brasil respondeu por 35 presenças, e a Argentina por 23.
Os outros 22 lugares foram distribuídos entre países como Colômbia e Equador, além dos mexicanos que participaram até 2016, com a Atlas e Tigres vencendo suas campanhas de oitavas. No entanto, a quantidade de clubes fora do eixo Brasil-Argentina que conseguem avançar regularmente está em queda constante.
Possibilidade de chave dividida entre os gigantes
Outro aspecto que reforça o duopólio da competição é a possível configuração das chaves daqui pra frente. Em um cenário projetado, o lado esquerdo pode agrupar São Paulo, Botafogo, Palmeiras e River Plate, com o time argentino surgindo como o único fora do Brasil. Do outro lado, a concentração seria ainda maior com Flamengo, Estudiantes, Vélez Sarsfield e Racing, formando um quadrado exclusivamente argentino-brasileiro.
Isso abriria espaço inclusive para uma semifinal com três brasileiros e um argentinoou vice-versa, além da possibilidade de final novamente doméstica – algo que nos últimos anos se tornou o mais comum na Libertadores.
Títulos e supremacia nas últimas décadas
O domínio desses dois países é evidente também pelo retrospecto de conquistas. Nas últimas 20 edições do torneio continental, o Brasil ficou com 13 títulos e a Argentina com cinco. Apenas duas vezes nesse período outra nação levou a taça: a LDU de Quito, do Equador, em 2008, e o Atlético Nacional, da Colômbia, em 2016.
Essa disparidade decorre de diversos fatores, como orçamentos mais robustos, elencos recheados de atletas experientes e investimentos em infraestrutura esportiva. Não por acaso, clubes como Palmeiras, Flamengo e River Plate têm se mantido constantemente entre os favoritos ano após ano.
Caso a previsão se confirme na próxima rodada, a Copa Libertadores 2024 deve acompanhar o caminho já consolidado: o de uma verdadeira competição restrita às fronteiras de Brasil e Argentina – deixando o restante do continente cada vez mais distante do protagonismo.
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