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Arsenal vence Barcelona e conquista título europeu após 18 anos

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Arsenal vence Barcelona e conquista título europeu após 18 anos — Arsenal supera o Barcelona, vence por 1 a 0 e volta a conquistar o título da Liga dos Campeões feminina após 18 anos.

Depois de quase duas décadas, o Arsenal voltou a alcançar o topo do futebol europeu feminino com uma vitória histórica. Em Lisboa, diante de um estádio tomado por torcedores catalães, as Gunners calaram a maioria e superaram o favoritismo do Barcelona.

O triunfo por 1 a 0 teve assinatura coletiva, precisão tática e frieza emocional. Encerrando a hegemonia do clube espanhol, o Arsenal conquistou a Liga dos Campeões pela segunda vez em sua história.

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Primeiros minutos sob tensão

O início da decisão foi marcado por nervosismo, refletido em erros de passe dos dois lados. Apesar da experiência barcelonista nesse tipo de ocasião — foram seis finais continentais em sete anos —, nem mesmo as catalãs escaparam da tensão inicial. A construção das jogadas se mostrava travada, até que nomes como Kim Little, Mariona Caldentey e Patri Guijarro passaram a ditar o ritmo.

Durante o primeiro tempo, as inglesas pareceram mais cômodas. A dinâmica imposta por Little no meio-campo foi fundamental para neutralizar as habituais triangulações do Barcelona, principalmente pelo corredor central. Embora o talento técnico das adversárias fosse evidente, o Arsenal mostrava-se melhor preparado emocionalmente.

As oportunidades mais claras também foram das londrinas. Um gol contra de Irene Paredes chegou a ser anulado por impedimento de Frida Maanum, que depois obrigou a goleira Cata Coll a uma defesa notável em chute de fora da área. O Barça, mesmo com mais posse, finalizou menos e mal ameaçou Daphne van Domselaar na atualidade do primeiro tempo.

Nos minutos finais antes do intervalo, o Barcelona ensaiou uma recuperação, com Alexia Putellas e Clàudia Pina surgindo no campo adversário. Houve ligeira melhora, mas ainda sem resultado prático.

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Barcelona se impõe, mas Arsenal reage do banco

Na volta do intervalo, o Barcelona evidenciou as razões que o colocavam como favorito — larga presença no campo ofensivo, rápida circulação de bola e recuperação imediata após a perda da posse. O Arsenal se retraiu, mas manteve a organização nos momentos defensivos.

Aumentando a pressão, o time catalão esbarrou em duas grandes oportunidades. Primeiro, Clàudia Pina carimbou a trave em finalização venenosa. Depois, Aitana Bonmatí obrigou Van Domselaar a intervir com segurança. O panorama era de domínio azul-grená, ainda que improdutivo na definição.

Enquanto isso, Renée Slegers mostrava sensibilidade e bom timing. A treinadora do Arsenal promoveu as entradas de Beth Mead e Stina Blackstenius, que mudaram a configuração ofensiva inglesa. Blackstenius, especialmente, passou a explorar os duelos com Mapi León com vitalidade, oferecendo profundidade que as Gunners haviam perdido.

Foi justamente ela que, aos 26 minutos do segundo tempo, aproveitou um passe inteligente de Mead e marcou o gol decisivo. Uma jogada rápida, objetiva e cirúrgica, que expôs um raro momento de desorganização na defesa catalã — algo raro, mas aproveitado como deve ser em finais de altíssimo nível.

Tentativa tardia de reação catalã

O técnico Pere Romeu demorou a mudar a estrutura do Barcelona. Quando finalmente recorreu a Ingrid Engen para reforçar a marcação no confronto com Blackstenius, já era tarde. As catalãs voltaram a controlar a posse, mas não conseguiram transformar esse domínio em efetividade.

Nos minutos finais, o Arsenal reforçou o sistema defensivo e abdicou da posse. A estratégia passou a ser fechar espaços, cortar linhas de passe e manter o foco nas segundas bolas. O sofrimento foi inevitável: cruzamentos, escanteios e tentativas forçadas testaram a solidez da zaga inglesa.

Por mais que as barcelonistas insistissem, o placar não mudou. A confiança imposta pelas inglesas pesou mais que a qualidade técnica do adversário. A consistência emocional e a leitura de jogo de Renée Slegers foram vitais para controlar os momentos críticos.

Arsenal volta ao topo europeu

O feito de 18 anos atrás, conquistado sobre o Umea, finalmente encontrou sucessor. Com uma atuação pautada pela estratégia e resiliência, o Arsenal coroou uma temporada de superação. Saindo da sombra deixada pela era Jonas Eidevall, Renée Slegers transformou dúvidas em confiança — e confiança em título europeu.

Para um clube que vinha buscando retomar o protagonismo continental, trata-se de um marco. O fim da sequência vitoriosa do Barcelona, atual bicampeão, amplifica ainda mais a dimensão da campanha inglesa. A Liga dos Campeões 2024/25 termina com uma nova velha campeã no topo da Europa.

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