O clássico mineiro disputado no Mineirão terminou sem gols, mas não sem emoções. O Cruzeiro dominou as ações, criou mais oportunidades e esbarrou em um Atlético bem postado defensivamente.
Apesar da pressão celeste, o Galo optou por uma postura mais cautelosa e conseguiu segurar o empate. O resultado foi suficiente para manter o equilíbrio, mas deixou escapar a chance de avanço maior na tabela.
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Superioridade do Cruzeiro diante de um Atlético defensivo
Desde o apito inicial, o Cruzeiro demonstrou maior ambição na partida. A equipe, impulsionada pela torcida no Mineirão, dominou a posse de bola e buscou agredir o sistema defensivo adversário com intensidade. O Atlético, por outro lado, optou por uma estratégia mais reativa, tentando se aproveitar dos espaços deixados pelo rival.
Com o Cruzeiro empurrando e o adversário retraído, as ações ofensivas ficaram concentradas do lado celeste. A primeira oportunidade de maior perigo aconteceu aos 23 minutos, quando Wanderson finalizou duas vezes para defesas seguras de Éverson. Pouco depois, Lucas Silva arriscou de fora da área e acertou o travessão, arrancando suspiros da torcida.
Uma dificuldade física também alterou a estrutura do Atlético no primeiro tempo. Aos 16 minutos, Guilherme Arana precisou ser substituído por Gabriel Menino após sentir um problema muscular. O setor esquerdo do Galo passou a ser um foco de ataque do Cruzeiro, mas a equipe celeste não conseguiu transformar a superioridade em gols.
Enquanto o Cruzeiro mantinha o domínio e buscava furar a retranca, o Atlético teve sua melhor chegada com Rony, que recebeu de Scarpa, mas parou em boa defesa de Cássio. Ainda antes do intervalo, Villalba cabeceou com perigo, mas não conseguiu balançar a rede.
Segundo tempo repete cenário e frustra torcida
Na volta do intervalo, o roteiro da partida se manteve. O Cruzeiro seguiu dominando a posse e trocando passes na tentativa de abrir espaços na compacta defesa atleticana. Com Matheus Pereira mais participativo, o time azul até encontrou alternativas, mas teve dificuldade para transformar posse em lances agudos.
As finalizações de média distância foram a principal arma da equipe comandada por Leonardo Jardim no segundo tempo. Matheus Pereira e Villalba arriscaram bons chutes, mas Éverson apareceu bem para evitar o pior para o Galo. Apesar do volume ofensivo, faltou eficiência nas finalizações e variação nas jogadas.
O Atlético, visivelmente satisfeito com o empate fora de casa, continuou apostando no contra-ataque. Hulk, bem marcado, teve atuação apagada, enquanto Júnior Santos, nos minutos finais, teve a melhor chance atleticana, mas finalizou por cima do gol.
Sem criatividade nos momentos finais, o Cruzeiro não conseguiu transformar sua superioridade em vantagem no placar. O empate sem gols frustrou a torcida que compareceu ao Mineirão, mas mostrou um time competitivo e com domínio tático, faltando apenas maior efetividade.
Panorama na tabela e sentimentos opostos
O resultado mantém o Cruzeiro na parte de cima da classificação. Com 17 pontos, a equipe celeste ocupa a terceira colocação e perdeu a chance de assumir a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, segue próxima do pelotão de frente e com boas perspectivas.
Pelo lado atleticano, o empate fora de casa e com o time defensivamente compacto pode ser encarado como positivo. A equipe soma agora 13 pontos e ocupa a nona posição, tentando encontrar consistência sob o comando do técnico Cuca.
O clássico mineiro serviu de retrato para o momento das duas equipes. O Cruzeiro apresentou maior volume, controle e criatividade — apesar da falta de gols —, enquanto o Atlético priorizou a solidez e conseguiu sustentar o placar. Embora tenha terminado sem vencedor, o duelo ofereceu elementos importantes para a sequência da temporada.
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