A luta do Fortaleza contra o rebaixamento parecia perdida em determinado ponto do Brasileirão. O time chegou a ocupar a 18ª colocação de forma recorrente, figurando entre os favoritos ao descenso à Série B.
Desde a chegada de Martín Palermo, no início de setembro, o cenário começou a mudar. Além da evolução técnica e tática, a regularidade recente reforça a confiança do elenco em escapar da zona da degola.
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Crescimento do Fortaleza com Martín Palermo
A chegada de Martín Palermo ao comando técnico do Fortaleza foi o ponto de inflexão na campanha do clube nordestino. Assumindo a equipe em 4 de setembro, o argentino herdou um elenco abalado moralmente e sem confiança. No entanto, em pouco tempo, promoveu uma guinada no desempenho, que se reflete nos resultados dentro de campo.
Em 16 partidas sob o comando de Palermo, o Leão conquistou 6 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. Esse retrospecto representa um aproveitamento de 52,3%. No recorte deste período, o rendimento do Fortaleza é o sexto melhor do Brasileirão, atrás apenas de times que brigam pelos maiores objetivos da competição: Flamengo, Mirassol, Cruzeiro, Fluminense e Palmeiras.
Esse desempenho não é apenas estatístico. Em campo, vê-se um time mais organizado, com sistema defensivo sólido e transições ofensivas mais efetivas. A postura mais compacta criou a base para uma sequência importante: sete jogos de invencibilidade, fator fundamental para reacender as esperanças de permanência na elite do futebol brasileiro.
Adam Bareiro: o trunfo ofensivo da reação
Se o coletivo do Fortaleza evoluiu com Palermo, um dos nomes que mais se destacam individualmente nesse renascimento é Adam Bareiro. O atacante paraguaio rapidamente se tornou peça-chave no sistema ofensivo da equipe, demonstrando eficiência nas finalizações e movimentação inteligente no campo de ataque.
Bareiro atuou como referência no ataque e desempenhou papel de liderança técnica, participando diretamente de resultados positivos recentes. Sua presença dentro da área, somada à boa leitura de jogo, criou novas soluções ofensivas para uma equipe que, até então, sofria com baixa produtividade no ataque.
Além disso, a conexão de Bareiro com o meio-campo melhorou significativamente. Com mais aproximação e dinâmicas bem desenhadas pelas laterais, o Fortaleza passou a pressionar adversários com mais intensidade, ampliando as possibilidades de gol e limitando os erros decisivos.
Fortaleza e a luta pela permanência
Apesar de ainda figurar dentro da zona de rebaixamento, o Fortaleza já mostra sinais de recuperação palpáveis. O time que parecia virtualmente rebaixado no início do segundo turno agora demonstra força para disputar ponto a ponto a permanência. A consistência recente oferece ao torcedor o alívio de que a reação é possível e plausível.
Com adversários diretos oscilando, e uma tabela que ainda reserva duelos estratégicos, o aproveitamento atual sob Palermo é suficiente para tirar o clube da zona incômoda caso mantido até o fim. A defesa menos exposta, aliada ao bom momento físico e psicológico do elenco, são elementos que jogam a favor nessa reta final.
É nesse contexto que o papel tático e emocional de Martín Palermo se sobressai. O treinador argentino conseguiu resgatar a confiança do grupo, deu identidade à equipe e construiu um estilo competitivo, mesmo diante das limitações estruturais enfrentadas.
Perspectivas para o restante da campanha
Com o fim do campeonato se aproximando, o Fortaleza encara cada jogo como decisão. O técnico Martín Palermo conhece bem o peso desses momentos, vindo de mercados exigentes como o argentino. Sua experiência no comando tem sido crucial para enfrentar os desafios internos e externos do clube.
O modelo de jogo baseado em solidez defensiva, transições rápidas e presença ofensiva efetiva com Bareiro representa um plano claro. Resta ao elenco manter o nível de entrega e concentração para garantir os pontos necessários. Se a curva de desempenho continuar nesse rumo, a permanência na Série A terá sido mais do que uma fuga: será uma reconstrução.
O Fortaleza, que parecia submerso no Z4, demonstra agora que ainda tem fôlego e futebol para seguir na elite. Essa virada é fruto do trabalho coletivo, mas com a assinatura evidente de Martín Palermo e o protagonismo de Adam Bareiro no ataque.
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