Cristiano Ronaldo segue reescrevendo a história do futebol europeu. Aos 40 anos, o astro português marcou seu primeiro gol em finais pela seleção e ajudou Portugal a alcançar um feito inédito: o bicampeonato da Liga das Nações.
Do outro lado, a jovem promessa Lamine Yamal sentiu o peso do jogo decisivo. Anulado em campo pela sólida defesa portuguesa, teve atuação apagada após grande exibição diante da Alemanha.
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Portugal faz história com bicampeonato
Portugal se consolidou como protagonista na Liga das Nações ao conquistar seu segundo título da competição. Com a vitória sobre a Espanha na final, a seleção comandada por Roberto Martínez reafirmou sua força no cenário europeu. O desempenho foi marcado por consistência defensiva, inteligência tática e atuações individuais decisivas.
Cristiano Ronaldo, mesmo aos 40 anos, mostrou por que continua sendo peça essencial na seleção. O camisa 7 marcou seu primeiro gol em finais com a camisa de Portugal, registrando também o raro feito de estar presente nos títulos mais importantes do país: a Eurocopa (2016) e as duas edições vencidas da Liga das Nações (2019 e 2024).
Outro fator decisivo foi o entrosamento do grupo, com destaque especial para a influência dos jogadores do Paris Saint-Germain que integram a seleção portuguesa. O quarteto do PSG, entre eles Nuno Mendes, teve papel fundamental na campanha do título.
Nuno Mendes brilha em final impecável
O lateral esquerdo Nuno Mendes teve uma atuação que consolidou seu status como um dos melhores em sua posição atualmente. Diante da Espanha, o jogador neutralizou completamente a ação de Lamine Yamal, uma das maiores promessas do futebol espanhol, e ainda contribuiu ofensivamente com arrancadas e assistências precisas.
A solidez com que atuou defensivamente foi determinante para conter o ímpeto espanhol. Yamal, que havia sido destaque contra a Alemanha, quase não tocou na bola em zonas de perigo com Nuno Mendes à sua frente. A atuação rendeu elogios da crítica e reforça o excelente momento vivido pelo jogador, tanto no clube quanto na seleção.
Mendes não foi o único destaque. A zaga portuguesa, o meio-campo bem distribuído e a calma nas transições também demonstraram uma equipe equilibrada, com maturidade e preparo físico acima da média. Esses elementos foram fundamentais para superar um adversário qualificado como a Espanha.
Yamal sente o peso da decisão
Destaque precoce da seleção espanhola, Lamine Yamal chegou à final com status de estrela em ascensão. No entanto, o jovem de apenas 16 anos enfrentou seu maior desafio contra uma defesa sólida e experiente. A marcação imposta por Nuno Mendes e o suporte da linha de meio-campo lusa limitaram drasticamente as ações do atacante.
Yamal vinha de uma grande atuação diante da Alemanha, em que foi decisivo e demonstrou sua capacidade criativa em jogadas individuais. Contra Portugal, no entanto, foi visivelmente apagado, errando passes e com pouca liberdade para tomar decisões. A oscilação, natural para sua idade, acendeu alertas sobre a necessidade de tempo para seu amadurecimento.
O talento do espanhol segue sendo promissor, mas a final evidenciou que ainda há passos a serem dados. Experiências como essa devem contribuir para seu desenvolvimento, especialmente em jogos de alta exigência mental e física. A Espanha, por sua vez, demonstrou que tem futuro, mas que ainda precisa encontrar soluções mais consistentes quando seus principais talentos não têm espaço para brilhar.
Equilíbrio europeu e ecos globais
A nova conquista de Portugal reforça o crescimento da seleção como uma das mais consistentes da Europa nesta década. Com sólida base de jogadores atuando em alto nível nos principais clubes europeus, o projeto de renovação aliado à experiência de peças como Cristiano Ronaldo tem apresentado resultados expressivos.
Enquanto países como Itália ainda tentam se reerguer após campanhas decepcionantes, outras seleções como Inglaterra e França acompanham de perto essa nova hegemonia construída por Portugal. A força coletiva portuguesa, somada à excelência tática, pode servir de exemplo para as demais potências.
Em paralelo, o Brasil observa o cenário europeu com atenção. A ausência em competições de mesmo peso no continente sul-americano faz com que seleções como a portuguesa ganhem ainda mais projeção internacional. Esta edição da Liga das Nações deixa claro que, no futebol atual, organização e constância contam tanto quanto o talento individual.
Portugal fecha mais um ciclo com méritos, impondo seu projeto esportivo e escrevendo mais uma página marcante. A evolução do grupo, o equilíbrio entre juventude e experiência e o brilho contínuo de suas principais peças, como Cristiano Ronaldo e Nuno Mendes, tornam essa conquista ainda mais simbólica.
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