Vice-campeão da Liberta com o Santos brilha no futebol árabe

Vice-campeão da Libertadores com o Santos, Jobson se reinventou no futebol da Arábia Saudita. Após enfrentar lesão grave e instabilidade em sua trajetória no Brasil, o volante encontrou no exterior um novo começo profissional e pessoal.

Respaldado por boas atuações e adaptação rápida, o jogador hoje se destaca no Al-Jabalain. Com gols e liderança em campo, vive a melhor fase da carreira e sonha com o acesso à elite saudita.

De promessa no Brasil a recomeço no interior paulista

Formado nas categorias de base do São Paulo e do Coritiba, Jobson estreou profissionalmente no Palmeiras, em 2015, integrando o elenco campeão da Copa do Brasil. Com poucas chances no time principal, passou a viver uma sequência de empréstimos em clubes do interior paulista até seguir para o Náutico.

Foi no Red Bull Brasil, ainda emprestado pelo clube pernambucano, que encontrou o primeiro ponto de inflexão na carreira. Sob orientação de Antônio Carlos Zago, ouviu conselhos que marcaram sua trajetória. O técnico apostou na permanência do atleta no clube, o que culminou em um desempenho de destaque no Paulistão de 2019. Com apenas 11 jogos, atraiu o interesse de equipes da Série A e se transferiu ao Santos, a pedido de Jorge Sampaoli.

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Frustração com Sampaoli e reconstrução com Cuca

A expectativa de deslanchar na Vila Belmiro ao lado de Sampaoli se frustrou rapidamente. Apesar de ter sido contratado a pedido do técnico argentino, Jobson ficou seis meses sem oportunidades, enfrentando cobranças e dúvidas sobre sua utilidade no elenco. Ouviu publicamente que não “compreendia o estilo de jogo” do treinador, o que o levou a estudar e tentar se adaptar.

A maré mudou com a chegada de Cuca. O técnico, conhecido pelo estilo agregador, transformou o ambiente do Santos e ofereceu ao atleta a confiança necessária para retomar seu futebol. Jobson, ao lado de Diego Pituca e Alison, formou o trio de meio-campo que levou o clube ao vice-campeonato da Libertadores em 2020. No entanto, uma lesão no ligamento do joelho, às vésperas da final contra o Palmeiras, o afastou por um ano dos gramados.

Do Náutico ao futebol saudita: nova fase na carreira

Em busca de minutos após a recuperação, Jobson voltou ao Náutico por empréstimo. Porém, foi no Al Arabi, da segunda divisão saudita, que encontrou o ambiente ideal para retomar sua trajetória. Mesmo sem conhecer o futebol local, aceitou o desafio motivado pela proposta financeira e pela vontade de recomeçar fora do Brasil, onde sentia resistência por conta da lesão.

No clube saudita, o volante readquiriu ritmo de jogo e confiança. Posteriormente, transferiu-se para o Al-Jabalain, onde brilha atualmente. Até a temporada 2024/25, já havia somado cinco gols e duas assistências em 27 partidas, superando seus números ofensivos no Brasil.

Fase artilheira e adaptação plena na Arábia

Apesar do desafio cultural inicial, o atleta revelou ter se adaptado rapidamente, ajudado pelo calendário local, que permite mais tempo com a família. Segundo ele, o menor número de jogos por semana tem impacto significativo na forma física e mental dos jogadores.

Além da performance consistente como volante, Jobson surpreende com seu novo perfil mais ofensivo. A cada rodada, prova ser peça fundamental do esquema tático do Al-Jabalain, que disputa ponto a ponto o acesso à elite do futebol saudita.

Destaques recentes de Jobson no Al-Jabalain:

  • 27 jogos na temporada 2024/25;
  • 5 gols e 2 assistências;
  • Presença constante entre os melhores do time;
  • Influência no meio de campo, tanto defensiva quanto criativa.

Crescimento do futebol saudita atrai brasileiros

Jobson destaca a evolução técnica e estrutural da segunda divisão do país. O aumento de investimentos, sobretudo após o protagonismo internacional de Cristiano Ronaldo e outros astros, vem transformando o cenário. Ele cita com naturalidade clubes como o Al-Qadisiyah, que contava com nomes experientes como André Carrillo e Luciano Vietto.

A tendência é que mais atletas brasileiros, principalmente aqueles em busca de recuperação ou vitrine internacional, busquem esse novo destino. Jobson é exemplo de como o “eldorado árabe” pode ser mais do que um mercado financeiro: também um caminho de reconstrução e valorização profissional.

Às vésperas do fim da atual temporada, o Al-Jabalain briga ponto a ponto por uma vaga na elite. Já Jobson, peça central desse projeto, vive talvez o ponto mais alto da carreira, consolidando aquilo que parecia escapar repetidamente em solo brasileiro: um ciclo estável, produtivo e com protagonismo.

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