Há 25 anos, Figo chocava o mundo com transferência histórica

Há exatos 25 anos, uma transferência abalava os alicerces do futebol europeu e acirrava rivalidades. Em 24 de julho de 2000, o português Luís Figo deixava o Barcelona rumo ao Real Madrid, em uma operação que chocou o mundo da bola.

Na época, o meia-atacante era o principal ídolo catalão. A troca de camisa, no entanto, não foi apenas uma mudança de clube, mas um símbolo da guerra entre as duas potências espanholas.

A transferência bilionária de Figo

Considerado um dos maiores talentos do futebol mundial na virada do século, Luís Figo foi a peça-chave do chamado "Projeto Galáctico" do Real Madrid. O clube merengue, sob a presidência de Florentino Pérez, traçava um ambicioso plano de reunir estrelas globais para dominar o cenário europeu e global. O primeiro passo deste plano foi exatamente a contratação do camisa 7 do Barcelona.

O valor pago, 60 milhões de euros, era algo sem precedentes no futebol. Nunca antes um clube havia desembolsado tal quantia por um jogador. O montante rompeu qualquer lógica do mercado e passou a ser referência para negociações futuras, tornando Figo o jogador mais caro da história futebolística na ocasião.

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Repercussão e fúria na Catalunha

A saída de Figo foi recebida como uma verdadeira traição em Barcelona. Tão grande era a idolatria do jogador por parte da torcida blaugrana que seu ato foi interpretado como uma afronta pessoal. Nos jogos seguintes entre Barcelona e Real Madrid, sobretudo os disputados no Camp Nou, o português passou a ser alvo de protestos intensos.

O episódio mais simbólico desse conturbado relacionamento veio em novembro de 2002, numa partida em que Figo foi atingido por objetos atirados das arquibancadas, incluindo até mesmo uma cabeça de porco. A imagem rodou o mundo e virou marco da rivalidade entre os dois clubes.

Impactos na carreira de Figo

Apesar das críticas e reações negativas, Figo teve uma carreira de sucesso no Real Madrid. Pelo clube da capital espanhola, conquistou títulos importantes, como a Liga dos Campeões da UEFA em 2001–02, além de duas edições do Campeonato Espanhol. Sua passagem marcou o início de uma era vitoriosa do clube, que viria a atrair outros grandes nomes.

Em compensação, sua relação com o Barcelona nunca mais foi retomada. O nome de Figo continua sendo sinônimo de polêmica entre os torcedores catalães, mesmo mais de duas décadas após sua partida. Para muitos, sua escolha perdura como o maior “ato de traição” da história do futebol espanhol.

A transferência como símbolo de uma nova era

A mudança de Figo para o Real Madrid não apenas alterou sua carreira, mas também simbolizou uma transformação no futebol moderno. O impacto foi tão profundo que o ato virou referência no debate sobre profissionalismo, identidade e paixão no esporte. Pela primeira vez, o poder financeiro mostrava que poderia romper barreiras até então intransponíveis no futebol.

Além disso, a contratação serviu como alicerce para o formato de "estrelas midiáticas" que o Real Madrid cultivaria nos anos seguintes, com jogadores como Zidane, Ronaldo, Beckham e outros seguindo o exemplo. O legado dessa transferência permanece até hoje, sendo frequentemente lembrado em discussões sobre ética, rivalidade e a evolução do mercado esportivo europeu.

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