O Paris Saint-Germain entra em campo nesta terça (7) carregando a vantagem mínima e a esperança da vaga inédita para a final com o apoio de sua torcida. A equipe venceu o Arsenal por 1 a 0 no jogo de ida, em Londres, e depende de um empate para avançar.
Do outro lado, o clube inglês encara um dos maiores desafios de sua história na Champions League, tentando reverter dentro do Parc des Princes uma desvantagem histórica e estatística amplamente desfavorável.
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PSG tenta quebrar sequência negativa em casa
Apesar de viver seu momento mais competitivo nos últimos anos, o PSG ainda não conseguiu transformar o bom desempenho continental em resultados efetivos dentro do Parc des Princes em semifinais de Liga dos Campeões. A equipe francesa jamais venceu como mandante nesta fase da competição.
Na temporada 1994/95, por exemplo, o Paris enfrentou o Milan e acabou derrotado em pleno Parque dos Príncipes por 1 a 0, sendo eliminado após novo revés na volta, por 2 a 0, na Itália. Já na era dos grandes investimentos, o PSG chegou à semifinal da Champions na temporada 2019/20, mas disputou o confronto contra o RB Leipzig em campo neutro por conta da pandemia, vencendo por 3 a 0 em Lisboa.
Desde então, os reencontros com as semifinais têm sido marcados por novos tropeços. Em 2020/21, mesmo com elenco estrelado, os franceses caíram diante do Manchester City, perdendo o primeiro jogo em casa por 2 a 1. Já em 2023/24, a eliminação veio após duas derrotas por 1 a 0 para o Borussia Dortmund — inclusive em Paris — ampliando o jejum de vitórias em seu estádio nesta fase da competição.
Agora, com a vantagem conquistada fora de casa, o PSG tenta pela primeira vez sacramentar a classificação jogando diante de sua torcida em uma semifinal de Champions.
Arsenal busca virada pouco comum no torneio
Para o Arsenal, o desafio desta terça-feira ultrapassa o desempenho em campo. A missão de superar o PSG após a derrota por 1 a 0 no Emirates Stadium exige uma façanha histórica. Apenas duas equipes conseguiram, em toda a história da Liga dos Campeões, chegar à final após perderem o jogo de ida em casa.
Os exemplos vieram com o Ajax em 1995/96, que superou o Panathinaikos, e o Tottenham em 2018/19, justamente o rival londrino, que derrotou o Ajax fora por 3 a 2 após perder por 1 a 0 na ida. Ambas as viradas foram fora de casa, como o Arsenal precisa agora, o que torna esse feito ainda mais complicado.
Além disso, o retrospecto dos Gunners em reviravoltas na Champions também joga contra. O clube avançou em apenas duas das 11 ocasiões em que perdeu o primeiro jogo de um mata-mata europeu, ambas contra o Porto, em confrontos com decisão no Emirates. Desta vez, o cenário é completamente distinto: o Arsenal precisará fazer o que nunca conseguiu antes — derrubar fora de casa um adversário que iniciou melhor o confronto.
Apesar disso, o histórico recente do PSG oferece certa esperança aos torcedores ingleses. A equipe francesa foi eliminada na única vez em que venceu fora de casa no jogo de ida e perdeu em casa no jogo de volta — diante do Manchester United, nas oitavas de 2018/19, quando caiu no Parc des Princes após vitória por 2 a 0 na Inglaterra.
Expectativa alta apesar da baixa tradição
A semifinal desta terça-feira reúne dois clubes que, embora de tradição nacional, ainda não conseguiram levantar a taça da principal competição europeia. O Arsenal disputou apenas uma final de Champions League, em 2005/06, sendo derrotado pelo Barcelona. Já o PSG teve sua única chance em 2019/20, mas saiu derrotado pelo Bayern.
Ambos os times compartilham do mesmo objetivo: escrever um novo capítulo na história do futebol europeu. O vencedor do duelo enfrentará a Inter de Milão, que já garantiu a vaga na grande decisão marcada para o dia 31 de maio, em Munique.
Com a bola rolando no Parc des Princes a partir das 16h (horário de Brasília), os dois gigantes medirão forças não só contra seus oponentes, mas também contra fantasmas do passado e estatísticas incômodas. A partida promete ser tensa, técnica e recheada de componentes históricos, onde qualquer detalhe pode fazer a diferença.
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