Raphinha brilhou novamente na Liga dos Campeões e reforçou sua grande fase com a camisa do Barcelona. No empate por 3 a 3 contra a Internazionale, pela semifinal da competição, o atacante se envolveu diretamente em mais um gol, com uma assistência.
Com esse resultado, o brasileiro chegou a 20 participações em gols nesta edição da Champions, se tornando o segundo jogador da história a atingir tal marca em uma única temporada do torneio.
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Raphinha supera lendas e se isola em marca histórica
A atuação no Camp Nou foi significativa não apenas para manter o Barcelona vivo na competição, mas também para consagrar estatísticas impressionantes de Raphinha. Com 12 gols e 8 assistências em 13 partidas, ele ultrapassou grandes nomes do futebol europeu e entrou no seleto grupo dos mais eficientes da história da competição continental.
A marca o posiciona atrás apenas de Cristiano Ronaldo, que em 2013/14 teve um desempenho absoluto, com 17 gols e 4 assistências em apenas 11 jogos – totalizando 21 participações diretas em gols. Raphinha, portanto, já deixou para trás nomes como Messi, Neymar, Mbappé e Vinícius Júnior em desempenho em uma única campanha.
Messi, por exemplo, atingiu 19 participações na temporada 2011/12, com 14 gols e 5 assistências. Já Neymar chegou a 12 na edição 2016/17. O atacante francês Mbappé teve como melhor temporada a de 2020/21, com 11 contribuições diretas.
Outro nome destaque do momento, Vinícius Júnior alcançou no máximo a marca de 12 participações em uma edição – tanto em 2022/23 quanto nesta temporada. Nenhum brasileiro, até aqui, havia alcançado os números atuais de Raphinha em uma única campanha.
Gol anulado impede empate com recorde absoluto
Apesar da assistência anotada no jogo contra a Inter, Raphinha ficou por um detalhe de conquistar o recorde histórico de forma antecipada. O terceiro gol culé, que surgiu em um potente chute do brasileiro de fora da área, foi oficialmente marcado como gol contra do goleiro Sommer pela UEFA. A bola bateu no travessão e só entrou após desviar no arqueiro suíço.
Essa decisão impediu que Raphinha chegasse às 21 participações diretas, o que o colocaria lado a lado com Cristiano Ronaldo no topo da lista. Ainda assim, o desempenho do camisa 11 do Barcelona é digno de nota, pois ninguém além do português havia alcançado a marca de 20 participações numa edição da Champions.
Vale lembrar que outros recordistas como Cristiano Ronaldo (16 gols e 4 assistências em 2015/16) e Lewandowski (15 gols e 5 assistências em 2019/20) também chegaram ao número histórico, mas não conseguiram romper as 21 de CR7 em 2013/14.
Reta final tem chance de fazer história
A Liga dos Campeões ainda não acabou, e com mais dois jogos possíveis – a volta da semifinal e uma potencial final – Raphinha terá oportunidade concreta de superar Cristiano Ronaldo e se tornar o maior nome em participações ofensivas numa só temporada da Champions.
O segundo confronto contra a Internazionale ocorrerá no dia 6 de maio, em Milão. Caso os culés avancem à decisão, o brasileiro terá pelo menos mais 180 minutos para buscar novo feito histórico. Seu envolvimento consistente nos lances decisivos torna essa chance mais do que viável.
Se mantiver o ritmo, o atacante pode se isolar como o maior da história no quesito, ajudando o Barcelona a voltar à final da competição após anos de frustrações continentais.
Temporada impressionante e potencial de premiações
O desempenho europeu apenas coroa um ano excepcional vivido por Raphinha, tanto com as cores do Barcelona quanto com a Seleção Brasileira. Ao todo, o atacante já registra 34 gols e 25 assistências em 57 partidas, números que elevam seu nome aos principais debates futebolísticos do planeta.
Na atual temporada, os blaugranas venceram a Supercopa da Espanha, conquistaram a Copa do Rei, lideram o Campeonato Espanhol na reta final e estão entre os quatro melhores da Europa. Com esse cenário, o nome de Raphinha começa a figurar como possível concorrente aos principais prêmios individuais do futebol mundial.
Com o entrosamento crescente e a capacidade de decidir partidas, o camisa 11 promete ser figura central nas decisões que ainda virão. E se mantiver o ritmo, pode, além de títulos, inscrever seu nome em definitivo na história da Liga dos Campeões.