Uma atmosfera eletrizante tomou conta de Milão na semifinal da Liga dos Campeões. A Internazionale superou o poderoso Barcelona em um duelo repleto de reviravoltas e emoção até o último minuto.
Além da classificação suada, a partida ficou marcada por recordes históricos, feitos individuais e momentos raros na trajetória da competição mais importante da Europa.
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Placar agregado que entrou para a história
A soma de 13 gols nos dois confrontos entre Inter e Barcelona (3 a 3 na ida e 4 a 3 na volta) transformou a semifinal em uma das mais prolíficas da história da Champions League. Esta foi apenas a segunda vez que uma semifinal apresentou tamanha quantidade de gols.
A primeira ocorreu na temporada 2017/2018, entre Liverpool e Roma, em duelos que terminaram com 5 a 2 para os ingleses e 4 a 2 para os italianos. O número total de tentos também só havia ocorrido em outra ocasião em mata-matas: na vitória agregada do Bayern de Munique por 12 a 1 sobre o Sporting, nas oitavas de final de 2008/2009.
Dumfries: um nome improvável entre os grandes
Com uma atuação descomunal, Denzel Dumfriestransformou-se na principal figura ofensiva da Internazionale nos dois jogos da semifinal. Mesmo com a função original de lateral-direito, o holandês foi responsável por cinco participações diretas em gols nesse confronto histórico.
- Na ida (3 a 3):dois gols e uma assistência.
- Na volta (4 a 3):duas assistências.
Esses números colocam Dumfries ao lado de grandes nomes da história da competição. Apenas Alessandro Del Piero, na temporada 1997/1998, teve mais participações ofensivas em uma semifinal — foram quatro gols e duas assistências contra o Monaco. Roberto Firmino, em 2017/2018, também chegou próximo: dois tentos e três passes decisivos ante a Roma.
Força da experiência: Acerbi entra no top histórico
O gol salvador de Francesco Acerbinos acréscimos demonstrou o papel decisivo da experiência no elenco da Inter. Com 37 anos, o zagueiro apareceu de surpresa na área e marcou o gol que levou a decisão para a prorrogação.
Acerbi se tornou o terceiro jogador mais velhoa marcar um gol em uma semifinal da Champions League. Confira o ranking:
Jogador |
Idade |
Temporada |
Di Stefano |
37 anos, 10 meses |
1964 |
Ryan Giggs |
37 anos, 4 meses |
2011 |
Francesco Acerbi |
37 anos, 2 meses |
2025 |
Edin Dzeko |
37 anos, 1 mês, 23 dias |
2023 |
Ferenc Puskás |
37 anos, 1 mês, 5 dias |
1964 |
Esse detalhe evidencia a importância de uma equipe experiente em momentos de extrema pressão.
Simone Inzaghi se coloca entre lendas do clube
O técnico Simone Inzaghiconfirmou presença em mais uma final continental, reforçando sua posição como um dos principais nomes da história moderna da Internazionale. Vice-campeão na temporada anterior, ele agora iguala uma rara marca no clube.
Apenas Helenio Herrera, lendário comandante argentino, havia conseguido levar a Inter a duas finais de Liga dos Campeões (1963/64 e 1964/65), com título em ambas. Agora, Inzaghi coleciona o mesmo número de participações em decisões e tenta entrar definitivamente na galeria de campeões.
Com um elenco maduro, equilíbrio tático e um elenco que mescla juventude e experiência, o trabalho do treinador tem chamado atenção e coleciona elogios, especialmente pelos ajustes feitos contra o Barcelona.
Raphinha brilha mesmo na eliminação
Apesar da queda do Barcelona, o brasileiro Raphinhaencerra sua campanha como destaque absoluto da edição 2024/2025 da Liga dos Campeões. O atacante terminou a competição com 21 participações diretas em gols: 13 tentos marcados e 8 assistências.
Esse desempenho o coloca como artilheiro e principal garçom do torneio — superando até mesmo nomes renomados como Lautaro Martínez e Hakimi.
Apenas um jogador teve uma temporada ofensiva semelhante em termos numéricos: Cristiano Ronaldo, que em 2013/2014 registrou 17 gols e 4 assistências na conquista do título pelo Real Madrid.
Embora falte o título para coroar sua atuação, Raphinha crava seu nome na história com uma performance individual digna de anos memoráveis da competição.
A inesquecível noite em San Siro não foi só um marco esportivo, mas também estatístico. Gols históricos, feitos individuais raríssimos e a confirmação de nomes entre os maiores da Europa reforçam o peso dessa semifinal. A Inter agora sonha com mais uma conquista continental, com moral renovada e uma geração que já fez história.
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