Palmeiras e Chelsea reeditam confronto do Mundial

O reencontro entre Palmeiras e Chelsea nesta sexta-feira (04) apresenta cenários contrastantes. Enquanto o clube brasileiro leva a campo um grupo com forte memória daquela final do Mundial de 2022, os ingleses chegam com um elenco praticamente novo.

A partida, marcada para o Lincoln Financial Field, na Filadélfia, tem contornos de revanche para o lado alviverde, que perdeu o título com um gol de pênalti nos minutos finais da prorrogação.

Palmeiras mantém base da decisão

Mais de três anos se passaram desde o confronto em Abu Dhabi, mas o Palmeiras ainda preserva parte significativa de seu elenco daquela final. Dos 23 jogadores levados para a decisão, nove seguem no clube. Destes, cinco foram titulares: Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Piquerez e Raphael Veiga. Os dois últimos, porém, não jogam nesta sexta devido a suspensão.

Além deles, outros quatro atletas também estavam presentes no banco de reservas e continuam no elenco: os goleiros Marcelo Lomba e Mateus, o lateral Maykee o zagueiro Murilo, que não participará do duelo por lesão muscular. A permanência do técnico Abel Ferreira, um dos principais pilares do projeto alviverde, reforça essa sensação de continuidade no time.

O clube apostou na manutenção de sua espinha dorsal, o que ajuda a explicar o alto desempenho nos últimos anos. Jogadores como Veiga seguem com papel de protagonismo, enquanto a defesa, praticamente intacta, confere a estabilidade almejada por qualquer comissão técnica.

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Chelsea leva apenas uma lembrança do título

Do lado inglês, o panorama é oposto. Dos 23 jogadores relacionados para a final do Mundial em Abu Dhabi, quase todos já deixaram o clube. O único que permanece e foi relacionado para o torneio atual é Trevoh Chalobah, defensor que, à época, não teve papel de destaque. Mesmo entre os 15 atletas utilizados naquela ocasião, nenhum está presente no atual elenco.

Diversos nomes de peso já seguiram seus caminhos. O goleiro Édouard Mendy, por exemplo, defende hoje o Al-Ahli, da Arábia Saudita. A defesa que enfrentou o Palmeiras se desfez rapidamente: Christensenfoi para o Barcelona, Rüdigermigrou para o Real Madrid, enquanto Azpilicuetae Thiago Silvaretornaram à Espanha e ao Brasil, respectivamente.

O meio-campo também foi desfeito: Kovacicfoi para o Manchester City, Mountacertou com o Manchester United, e Kantétambém partiu para o futebol saudita. O setor ofensivo sofreu impacto similar. Os autores dos gols da decisão — Lukakue Kai Havertz— já estão longe: o primeiro defende o Napoli, o segundo, o Arsenal.

O técnico Thomas Tuchel, comandante do título, foi demitido na temporada seguinte. Após breve passagem pelo Bayern de Munique, assumiu recentemente a seleção da Inglaterra.

Realidades distintas para o novo encontro

A diferença de continuidade entre os clubes revela caminhos distintos. O Palmeiras optou por consistência e projeto a longo prazo, mantendo jogadores-chave no elenco. Essa política o levou a disputar títulos com frequência, inclusive conquistando campeonatos nacionais e continentais.

Já o Chelsea, conhecido por ter um mercado agressivo, renovou sua equipe radicalmente. O elenco atual permanece em reconstrução, com inúmeros jovens contratados nos últimos anos e sob constante troca de técnicos e filosofias.

Assim, se para o Palmeiras a partida tem caráter emocional e simbólico, para o Chelsea trata-se apenas de mais um jogo em meio ao novo ciclo.

A revanche esportiva em números

A final de 2022 serviu como prova do equilíbrio entre os dois times. O Chelsea abriu o placar com Lukaku, e o Palmeiras empatou logo depois com Raphael Veiga, de pênalti. O desfecho veio já nos minutos finais da prorrogação, com Kai Havertzconvertendo outro pênalti, selando o 2 a 1.

Na ocasião, o Palmeiras fez jogo duro com o time londrino, que era o atual campeão europeu. Exatamente por isso, o sentimento de revanche é mais presente entre os brasileiros, que sentem que a taça teria sido possível.

O histórico recente torna a partida desta sexta um capítulo à parte na relação entre os clubes, ainda que só um lado a trate como tal.

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