Abel critica VAR e arbitragem no Brasil

O técnico Abel Ferreira voltou a expressar seu descontentamento com a arbitragem brasileira após a derrota do Palmeiras para o Corinthians, nas oitavas de final da Copa do Brasil. O treinador não poupou críticas ao VAR e às decisões tomadas em campo.

Segundo Abel, a forma como a tecnologia é aplicada no futebol nacional não acompanha o avanço dos recursos disponíveis atualmente, o que compromete a justiça nas partidas.

Críticas de Abel Ferreira à arbitragem

Logo após o dérbi paulista, Abel demonstrou irritação com a atuação do árbitro Wilton Pereira Sampaio e, principalmente, com o uso do VAR. O treinador destacou um lance específico de pênalti, apontado pelo assistente, mesmo com o árbitro principal bem posicionado.

A principal queixa do comandante palmeirense foi quanto à defasagem tecnológica do futebol brasileiro. Para ele, mesmo com o advento do VAR, a falta de precisão nas análises de lance contribui para a insegurança nas decisões tomadas.

Abel afirmou: “Estamos no século XXI e ainda trabalhamos com ferramentas do século passado”, numa tentativa de demonstrar que há um descompasso entre o que se espera da arbitragem e o que é de fato aplicado nos jogos decisivos.

O treinador lembrou também que já havia se pronunciado outras vezes sobre o tema e reforçou que a tecnologia deveria auxiliar, e não causar mais polêmica e incertezas nessa fase da competição.

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Conduta permissiva no jogo

Além da arbitragem tecnológica, Abel também criticou o comportamento do árbitro no controle das ações dentro das quatro linhas. Para o português, houve excesso de permissividade com as faltas cometidas pelo meio-campista Raniele, do Corinthians.

Conforme Abel, o jogador corintiano cometeu diversas infrações durante o jogo, mas escapou das punições, o que contribuiu para a interrupção constante do ritmo do Palmeiras e prejudicou a fluidez da partida. Segundo ele, não se tratava de faltas violentas, mas da "quantidade acumulada" que, mesmo assim, foi ignorada.

O treinador ainda salientou que a intensidade aplicada pelo Corinthians já era esperada e que o Verdão tentou impor ritmo, mas esbarrou na postura adotada pelo árbitro, que, em sua visão, favoreceu as ações defensivas do rival.

Esse tipo de apontamento reforça uma leitura frequente no futebol brasileiro: a de que várias infrações recorrentes, quando não coibidas, podem interferir diretamente no desempenho tático e no controle emocional das equipes.

Situação da Copa do Brasil e sequência do confronto

Com a vitória, o Corinthians entra em vantagem para o jogo de volta, marcado para o dia 8 de agosto. No primeiro embate, o time alvinegro levou a melhor, deixando a pressão sob o Palmeiras para reverter o placar no Allianz Parque.

O regulamento da Copa do Brasil não contempla o critério do gol qualificado. Sendo assim, o Verdão precisará de uma vitória simples para levar a decisão aos pênaltis ou uma vitória por dois gols ou mais para garantir a vaga às quartas de final no tempo normal.

O contexto do confronto acirra ainda mais os ânimos entre as duas comissões técnicas e as torcidas rivais, visto que um novo tropeço do Palmeiras não só elimina o atual campeão brasileiro, como pode gerar consequências internas.

A atuação da arbitragem no próximo duelo certamente estará no centro das atenções, especialmente após as declarações contundentes de Abel Ferreira. A expectativa é de um novo clássico disputado e marcado por tensão elevada no gramado e fora dele.